As autoridades de Israel identificaram os corpos de quatro reféns entregues pelo Hamas na segunda-feira, incluindo o estudante nepalês Bipin Joshi, anunciou hoje o exército israelita.
Corpo do artigo
Além do estudante nepalês, as autoridades divulgaram a identidade do refém Guy Illouz, da cidade de Ra"anana, no centro de Israel.
Os nomes dos outros dois "ainda não foram autorizados a ser divulgados pelas respetivas famílias", disse o exército num comunicado, citado pela agência France-Presse (AFP).
Estudante de agricultura, Bipin Joshi, que tinha 22 anos na altura do ataque de milícias extremistas palestinianas lideradas pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, foi sequestrado no "kibutz" Aloumim.
Segundo o jornal indiano "Hindustan Times", Joshi chegou a Israel em setembro de 2023 para se juntar a outros 16 alunos nepaleses num programa de estudo de práticas agrícolas israelitas numa comunidade junto à fronteira com Gaza.
Dez dos 17 estudantes nepaleses morreram no ataque em Aloumin, em que Joshi foi ferido e levado para Gaza, onde viria a morrer.
Guy Illouz, 26 anos, foi ferido e raptado no festival de música Nova, cenário do maior massacre (mais de 370 mortos) do Hamas nos ataques no sul da Israel, em que mataram cerca de 1.200 pessoas e fizeram 251 reféns.
Reféns libertados numa trégua anterior disseram que Illouz, cuja morte foi confirmada em dezembro de 2023, sucumbiu aos ferimentos num hospital de Gaza, aparentemente devido à falta de tratamento médico, segundo o jornal The Times of Israel.
Os ataques do Hamas desencadearam uma ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza, que o grupo extremista controla desde 2007, que causou mais de 67 mil mortos em dois anos e a destruição de grande parte do enclave palestiniano.
Os combates cessaram no âmbito de um acordo proposto pelos Estados Unidos com mediação do Egito, Catar e Turquia, que previa a libertação dos reféns ainda em Gaza por troca de 1.950 palestinianos detidos em Israel.
O cessar-fogo entrou em vigor na sexta-feira, e a troca de reféns pelos presos palestinianos ocorreu na segunda-feira, no mesmo dia em que foi assinado o acordo sobre o fim da guerra, em Sharm el-Sheikh, no Egito.
O acordo faz parte de um plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que prevê também o desarmamento do Hamas e a retirada das tropas israelitas.
Trump propôs também uma administração internacional transitória em Gaza e a reconstrução do território, mas os termos dos passos seguintes terão de ser ainda acordados entre as partes.