
O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu
Foto: Abir Sultan/AFP
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, aprovou um investimento de 110 mil milhões de dólares (93,33 mil milhões de euros) a 10 anos para construir uma "indústria de armamento independente".
Durante uma cerimónia numa base aérea militar no sul de Israel, Netanyahu disse ter aprovado um total de 350 mil milhões de shekels (110 mil milhões de dólares) "para construir, durante a próxima década, uma indústria de armamento independente" para Israel.
"Queremos reduzir a nossa dependência, mesmo em relação aos nossos amigos", admitiu.
"Estabelecemos o nosso estatuto de potência regional - e, em certas áreas, de potência internacional", prosseguiu, acrescentando que a paz se faz "com os fortes, não com os fracos".
Há décadas que Israel é o principal beneficiário da ajuda militar norte-americana e a maior parte do seu equipamento militar é proveniente dos Estados Unidos.
De acordo com dados do Congresso americano, Washington forneceu pelo menos 3,3 mil milhões de dólares (2,80 mil milhões de euros) em financiamento militar a Israel em 2025.
O país também se abastece junto de vários países europeus, mas enfrenta restrições impostas pelos seus parceiros relativamente ao fornecimento de armas, devido à guerra na Faixa de Gaza.
Israel entrou noutra frente de conflito no norte do país, contra o movimento pró-iraniano libanês Hezbollah, num confronto que se transformou no outono de 2024 numa guerra aberta de dois meses.
Uma guerra de 12 dias também opôs Israel ao Irão em junho, desencadeada por um ataque de magnitude sem precedentes de Israel contra instalações militares, nucleares e zonas residenciais.
Em 2026, a verba destinada à defesa representará 16% do orçamento preparado pelo Governo, ou seja, 35 mil milhões de dólares (29,70 mil milhões de euros).
