As autoridades de Israel levantaram as restrições à entrada na Esplanada das Mesquitas, na origem da recente escalada da violência, informou a polícia israelita.
Corpo do artigo
Esta sexta-feira, dia de oração para os muçulmanos, a jornada "terminou sem exceções e com a participação de cerca de 30 mil fiéis (...). Não houve restrições de idade", disse uma porta-voz da polícia, Luba Smari.
A Esplanada das Mesquitas fica em Jerusalém-leste, ocupada por Israel desde 1967, e nela situa-se a mesquita de Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado para o Islão, que o designa como Nobre Santuário, e primeiro para o judaísmo, que a designa como Monte do Templo.
O local tem sido historicamente um foco de tensão e, nas últimas semanas, deu origem a uma escalada da violência depois de as autoridades israelitas, por ocasião da celebração de um feriado judaico, terem proibido a entrada no complexo aos homens muçulmanos menores de 50 anos.
O levantamento da restrição é visto por observadores como um gesto de apaziguamento do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, depois da reunião que manteve na quinta-feira com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry.
A medida foi acompanhada do destacamento de um importante dispositivo de segurança na cidade velha de Jerusalém.
O movimento radical palestiniano Hamas convocou entretanto para hoje um "dia da ira", apelando a todos os cidadãos da Cisjordânia e de Gaza para que "confrontem as forças israelitas".
Desde o início de outubro, 52 palestinianos morreram, metade dos quais após ataques a israelitas com arma branca, nove israelitas, um eritreu e um árabe-israelita.