O Irão atacou Israel, na terça-feira, com 200 mísseis, após a incursão terrestre israelita no Líbano.
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Em comunicado, o Governo italiano, na qualidade de presidência em exercício do G7 (que integra também Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido), aponta que, "na sequência do agravamento da crise no Médio Oriente, a primeira-ministra Giorgia Meloni convocou de urgência e presidiu esta tarde a uma conferência telefónica dos líderes do G7", durante a qual "foi reiterada a firme condenação do ataque iraniano contra Israel".
"Num cenário em constante evolução, foi acordado trabalhar em conjunto para promover uma redução das tensões regionais, começando pela aplicação da resolução 2735 em Gaza e da resolução 1701 para a estabilização da fronteira israelo-libanesa", lê-se na nota, em referência a duas resoluções adotadas pelo Conselho de Segurança da ONU.
A breve nota emitida pelo Governo italiano acrescenta que, "manifestando grande preocupação com a escalada registada nas últimas horas, foi reiterado que um conflito à escala regional não é do interesse de ninguém e que ainda é possível encontrar uma solução diplomática".
"Os dirigentes acordaram em manter-se em estreito contacto", conclui o comunicado.
Boa tarde. Terminamos aqui o acompanhamento ao minuto das tensões no Médio Oriente. Continue a acompanhar toda a matéria noticiosa de relevo em www.jn.pt.
O exército israelita aligeirou hoje as restrições de segurança no nordeste do país, incluindo a Galileia, os ocupados Montes Golã e a "Linha de Confronto" junto à fronteira com o Líbano.
As alterações permitem concentrações com um máximo de 50 pessoas em espaços abertos, em vez de 10, e até um máximo de 250 pessoas em zonas fechadas, em vez de 150.
"Também foi decidido que nas zonas da baía de Haifa, HaAmakim, HaCarmel e Wadi Ara", no noroeste de Israel, "as restrições serão atenuadas para permitir reuniões de até 60 pessoas numa zona aberta (em vez de 30)", lê-se num comunicado militar.
O resto do país permanecerá sob as restrições comunicadas até à data.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, reagiu às críticas de Israel sob a sua reação ao ataque do Irão, afirmando ter condenado implicitamente o regime iraniano numa declaração divulgada na noite de terça-feira. "Tal como fiz em relação ao ataque iraniano de abril, e como deveria ter sido óbvio que fiz ontem [terça-feira] no contexto da condenação que expressei, condeno veementemente o ataque massivo com mísseis do Irão contra Israel", sublinhou Guterres durante uma reunião do Conselho de Segurança realizada esta quarta-feira na ONU.
O Exército israelita confirmou esta quarta-feira que várias das suas bases aéreas foram atingidas no ataque iraniano de terça-feira com mísseis balísticos.
"Não houve danos que impedissem as operações da Força Aérea em qualquer momento", declarou o Exército, indicando que os danos em áreas civis foram "mínimos" e causados, na maioria, pelo impacto de restos dos mísseis disparados para intercetar projéteis iranianos.
Escusou-se, contudo, a fornecer pormenores sobre a percentagem de interceções, para "evitar dar ao Irão e ao Hezbollah informação que os ajude a tirar lições", mas insistiu em que o sistema de defesa aérea teve um desempenho "impressionante", noticiou o diário israelita "Haaretz".
Um soldado israelita foi morto em combate no sul do Líbano, a primeira baixa do lado de Israel desde que lançou uma invasão terrestre na madrugada de terça-feira, anunciou o exército israelita. O soldado, de 22 anos, era natural da cidade israelita de Modin, perto de Jerusalém, e liderava uma equipa da unidade Egoz do exército, disseram os militares de Israel, citados pela agência espanhola EFE. O militar foi morto durante um confronto com elementos do grupo xiita libanês Hezbollah numa aldeia no sul do Líbano, segundo a imprensa israelita.
Israel anunciou a morte em combate de oito soldados no sul do Líbano, um dia depois de ter anunciado uma incursão terrestre no país vizinho.
As forças israelitas tinham anunciado anteriormente uma primeira baixa no sul do Líbano, mas acrescentou agora mais sete soldados mortos depois de ter avisado as respetivas famílias.
Os combates entre as tropas israelitas e militantes do grupo xiita libanês Hezbollah prosseguiam no sul do Líbano, disseram as duas partes em declarações separadas.
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, congratulou-se hoje com o ataque de terça-feira contra Israel e ameaçou que o Irão vai tomar medidas "muito mais esmagadoras" se o exército israelita responder. "As forças armadas iranianas mostraram mais uma vez que a chamada 'cúpula de ferro' dos sionistas é mais frágil do que o vidro", afirmou Pezeshkian durante uma reunião do Conselho de Ministros, aludindo ao sistema de defesa de Israel.
Milhares de iranianos concentraram-se, esta quarta-feira, nas ruas de Teerão para comemorar o ataque de terça-feira com mísseis contra Israel, embora a grande maioria da população tenha demonstrado indiferença, segundo relatou a agência noticiosa espanhola EFE.
Com cânticos de "morte a Israel" e "morte à América", os manifestantes reuniram-se na Praça Imam Hussein, onde também se ouviram frases de apoio ao "Eixo da Resistência", uma aliança informal anti-israelita liderada por Teerão e que integra os libaneses do Hezbollah, os palestinianos do Hamas, os Huthis do Iémen e as milícias xiitas do Iraque.
"Haniyeh, Hassan, o vosso caminho continua", cantavam os manifestantes, referindo-se aos líderes mortos do Hamas (Ismail Haniyeh) e do Hezbollah (Hassan Nasrallah).
O Governo da Alemanha apelou aos seus cidadãos no Irão para que abandonem o país, um dia depois do ataque com mísseis levado a cabo por Teerão contra Israel. O ataque iraniano a Israel, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão, levou também o Governo da Alemanha a chamar o embaixador iraniano em Berlim para apresentar uma nota de protesto.
O ex-primeiro-ministro israelita Naftali Bennett defendeu, esta quarta-feira, um ataque ao Irão que destrua as instalações nucleares daquele país e paralise o seu regime, um dia depois do lançamento de 200 mísseis iranianos contra Israel.
"Temos de destruir o programa nuclear do Irão, o núcleo das suas infraestruturas, e paralisar este regime terrorista", escreveu Naftali Bennett na rede social X. "Temos a justificação. Temos as ferramentas necessárias. Agora que o Hezbollah e o Hamas estão paralisados, o Irão está exposto", disse Bennett, referindo-se aos ataques israelitas das últimas semanas que dizimaram a liderança do movimento xiita libanês apoiado pelo Irão, o Hezbollah, e à guerra travada por Israel na Faixa de Gaza, em retaliação pelo ataque do Hamas palestiniano em solo israelita, a 7 de outubro de 2023.
A China instou as potências mundiais a evitarem que a situação no Médio Oriente "se deteriore ainda mais" e que optem por um "papel construtivo".
"A China apela à comunidade internacional, especialmente às grandes potências influentes, para que desempenhem um papel construtivo e evitem que a situação se deteriore ainda mais", segundo um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros citado em comunicado.
A mesma fonte manifestou a profunda preocupação da China com a "turbulência no Médio Oriente", declarando que a China se opõe "a qualquer ato que viole a soberania, a segurança e a integridade territorial do Líbano e se opõe à intensificação dos conflitos".
O exército libanês anunciou uma breve incursão do exército israelita no sul do Líbano em dois pontos da linha de fronteira.
"Uma força inimiga israelita atravessou a Linha Azul [que separa os dois países] numa distância de cerca de 400 metros em território libanês", disse o exército do Líbano, citado pela agência francesa AFP.
A força israelita entrou "nas zonas de Harba Yaron e Bawaba al Eddessa, e retirou-se após um curto período de tempo", acrescentou o exército nas redes sociais, também citado pela agência espanhola EFE.
Alguns minutos antes, o grupo xiita libanês Hezbollah disse que estava em confronto com soldados israelitas que se tinham infiltrado na cidade de Maron al-Ras, perto da linha divisória comum. Foi a primeira vez que o Hezbollah anunciou que estava a combater soldados israelitas em território libanês, segundo a EFE.
A presidência italiana do G7 convocou para esta tarde uma reunião de líderes para discutir o agravamento da situação no Médio Oriente, após o ataque com mísseis do Irão contra Israel, anunciou a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
"A Itália continuará a esforçar-se por encontrar uma solução diplomática, também na sua qualidade de presidente do G7 [as sete maiores economias mundiais]. Convoquei uma reunião de líderes para hoje à tarde, à luz do agravamento da situação no Médio Oriente", anunciou Meloni, na abertura de um Conselho de Ministros que decorre em Roma.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, anunciou, esta quarta-feira, ter declarado o secretário-geral da ONU, António Guterres, "persona non grata" no país, criticando-o por não ter condenado o ataque massivo do Irão a Israel na noite de terça-feira.
srael tem um sistema altamente sofisticado e tecnológico para proteger o país de ataques aéreos. O mais conhecido escudo contra foguetes é a "Cúpula de ferro", mas o país tem mais meios para blindar os céus e está a desenvolver tecnologia laser para baixar o custo das interceções.
O líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, acusou, esta quarta-feira, os Estados Unidos e "alguns países europeus" de serem "a principal causa" dos problemas no Médio Oriente. "A principal causa dos problemas desta região, que provoca conflitos, guerras, preocupações e hostilidades, deriva da presença das mesmas pessoas que afirmam defender a paz e a tranquilidade na região. Ou seja, os Estados Unidos e alguns países europeus", afirmou.
Um dos feridos num ataque na terça-feira em Telavive morreu durante a noite, elevando para sete o número pessoas abatidas por dois palestinianos, anunciou a polícia israelita.
O ataque ocorreu na paragem de elétrico Sderot-Jerusalém, no distrito de Jaffa, ao fim da tarde, pouco antes de o Irão ter lançado um ataque contra Israel. "O ferido chegou [às urgências] em estado crítico (...) e depois de lutar para o salvar, os médicos tiveram de declarar o óbito", disse o hospital Ichilov de Telavive, segundo a agência francesa AFP.
O balanço anterior era de seis mortos e nove feridos.
A Rússia apelou a "todas as partes" envolvidas no conflito no Médio Oriente para mostrarem contenção e evitarem vítimas civis, na sequência dos ataques iranianos a Israel e dos bombardeamentos israelitas no Líbano. "A situação está a desenvolver-se da forma mais alarmante. Apelamos a todas as partes para terem contenção", afirmou o porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov, acrescentando que Moscovo está em contacto com todos os intervenientes.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, condenou os ataques iranianos de terça-feira contra Israel e alertou Teerão para o aumento de tensão, sublinhando a importância de uma cessar-fogo entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah. "Os ataques com [cerca de 200] mísseis iranianos contra Israel devem ser condenados veementemente. A ameaça de uma nova escalada da já tensa situação no Médio Oriente é uma realidade. O Irão corre assim o risco de incendiar toda a região, o que deve ser evitado. O Hezbollah e o Irão devem cessar imediatamente os seus ataques contra Israel", disse o governante alemão, em comunicado.
Olaf Scholz acrescentou que somente graças às forças de defesa aérea israelitas e aos aliados foi possível repelir em grande parte o ataque do Irão.
O ministro da Defesa disse, esta quarta-feira, que o agravamento da situação militar no Médio Oriente poderá obrigar a um novo repatriamento de cidadãos portugueses, mostrando-se preocupado com o aumento da tensão naquela região.
"Os tempos são difíceis. A conjuntura geopolítica agrava-se. O conflito na Ucrânia não é uma novidade, mas também o agravamento da situação militar no Médio Oriente. O que ontem [terça-feira] aconteceu preocupa-nos muito. De resto poderá obrigar de novo ao repatriamento de vários cidadãos portugueses. O que sucede na Ucrânia, no Médio Oriente, em África, afeta-nos a todos", disse Nuno Melo.
Espanha vai retirar do Líbano os espanhóis que queiram sair do país, numa operação da Força Aérea prevista para quinta-feira, anunciou a ministra da Defesa, Margarita Robles. Dois aviões militares estão preparados para sair para o Líbano na quinta-feira, para a retirada dos espanhóis que estão no país, afirmou a ministra, que ressalvou que a concretização da operação depende "da situação dos espaços aéreos", por haver vários países na região do Médio Oriente com espaços aéreos suspensos ou cortados. Margarita Robles sublinhou que a situação na região é de "máxima alerta".
Os rebeldes iemenitas Houthis reivindicaram o lançamento de três mísseis de cruzeiro contra Israel, que "atingiram com sucesso os seus objetivos", afirmando ainda que estão dispostos a realizar uma "operação conjunta contra o inimigo israelita".
"Em apoio do povo palestiniano e libanês (...), a unidade de mísseis das Forças Armadas do Iémen realizou uma operação militar contra instalações militares nas profundezas da entidade sionista na Palestina ocupada", declarou o porta-voz militar das operações militares do grupo, Yahya Sari, num comunicado publicado na rede social X. Assim, o porta-voz especificou que o grupo rebelde lançou "três mísseis de cruzeiro Quds 5", sublinhando que "os mísseis conseguiram atingir com sucesso os seus alvos, em meio ao secretismo do inimigo sobre os resultados da operação".
A relatora especial da ONU para os Territórios Palestinianos Ocupados defendeu, esta quarta-feira, que Portugal é um dos poucos países onde estão reunidos “todos os elementos para uma mudança poderosa ou significativa do rumo da ação” de Israel na Palestina.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, condenou, esta quarta-feira, veementemente o ataque de mísseis balísticos do Irão contra Israel na noite passada, falando numa “ameaça à estabilidade regional”, que “agrava uma situação já volátil”.
“Condeno veementemente o ataque de mísseis balísticos lançado ontem pelo Irão contra Israel. Estas ações ameaçam a estabilidade regional e agravam as tensões numa situação já de si extremamente volátil”, disse Ursula von der Leyen, numa declaração divulgada pelo executivo comunitário à imprensa em Bruxelas. “Apelo a todas as partes para que protejam a vida de civis inocentes. A União Europeia continua a apelar a um cessar-fogo na fronteira com o Líbano e em Gaza, bem como à libertação de todos os reféns detidos há quase um ano”, adiantou a responsável alemã.
O Governo do Irão confirmou, esta quarta-feira, o lançamento de 200 mísseis contra Israel num ataque lançado na noite de terça-feira, de acordo com a televisão estatal iraniana. As Forças de Defesa de Israel (IDF na sigla em inglês) tinham anunciado que o Irão tinha lançado cerca de 180 mísseis contra o território israelita, em retaliação pelos assassínios do líder do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do grupo xiita libanês Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general iraniano. De acordo com o exército israelita, a maioria dos mísseis foi intercetada com o apoio dos Estados Unidos, que já garantiu que vai coordenar com os israelitas a resposta a Teerão.
Israel anunciou que vai enviar mais soldados para o sul do Líbano para "incursões controladas e limitadas" contra o movimento xiita libanês Hezbollah em curso desde domingo à noite. De acordo com um comunicado, as forças israelitas indicaram que a Divisão 36, que incluiu brigadas blindadas e infantaria, vão juntar-se à ofensiva no sul do Líbano. Os militares no terreno vão receber apoio da Força Aérea e de artilharia de campanha.
O Irão negou contactos com os Estados Unidos antes do ataque de terça-feira contra Israel, efetuados em resposta aos assassinatos dos líderes do Hamas e do Hezbollah, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano. Abbas Araghchi disse, contudo, que Teerão comunicou com Washington após o disparo dos mísseis contra território israelita. "Antes do ataque, não houve qualquer troca de mensagens" com os Estados Unidos, disse à televisão estatal, referiu.
Pelo menos 32 pessoas, incluindo várias mulheres e crianças, morreram e dezenas ficaram feridas em ataques israelitas no sul de Gaza, na terça-feira à noite e esta quarta-feira, segundo autoridades médicas palestinianas. O Hospital Europeu de Khan Younis recebeu os corpos das vítimas após pesados ataques aéreos israelitas e operações terrestres na cidade. Os militares israelitas ainda não comentaram a ofensiva.
Cerca de três mil brasileiros no Líbano mostraram interesse em serem repatriados, numa operação de resgate que deverá iniciar-se com o primeiro voo no próximo fim de semana, disse à Lusa fonte da diplomacia brasileira. No início da semana passada, o Ministério das Releções Exteriores do Brasil abriu uma consulta à comunidade brasileira no Líbano para saber do interesse em serem incluídos numa eventual operação de repatriamento para o Brasil.
A polícia da Dinamarca disse, esta quarta-feira, estar a investigar duas explosões esta madrugada no norte de Copenhaga, perto da embaixada de Israel na capital dinamarquesa, nas quais não houve vítimas.
O presidente francês Emmanuel Macron "condenou com a maior firmeza os novos ataques do Irão contra Israel" e disse que a França mobilizou "os seus recursos militares no Médio Oriente para combater a ameaça iraniana". Num comunicado divulgado pela presidência francesa na terça-feira, após um conselho de defesa, Macron "solicitou ainda que se observe a maior vigilância e que sejam tomadas as medidas adequadas para prevenir as possíveis repercussões destes últimos desenvolvimentos no Médio Oriente no território nacional e garantir a segurança de todos". O chefe de Estado "solicitou ainda que fossem tomadas todas as medidas necessárias" para apoiar os cidadãos franceses "e, se necessário, ir em seu auxílio", afirmou o Eliseu, sem referir uma possível retirada da região.
A Organização da Aviação Civil iraniana prolongou o encerramento do espaço aéreo do país e a suspensão de voos até quinta-feira de manhã, após o ataque de mísseis que o Irão lançou contra Israel. “Todos os voos em todo o país serão cancelados até às 5 horas (2.30 horas em Portugal continental) de quinta-feira, para garantir a segurança dos voos face à situação na região”, anunciou o porta-voz da Organização de Aviação Civil iraniana, Jafar Yazerlu, informou a agência IRNA.
O aeroporto internacional de Teerão anunciou a suspensão dos seus voos depois do ataque de mísseis lançado contra Israel, em resposta ao assassínio dos chefes do Hamas e do Hezbollah.
A informação foi avançada pela imprensa local.
"De momento, suspendemos todos os voos para e a partir do aeroporto internacional de Teerão, até que seja emitida uma autorização de voo", declarou à agência Isna o chefe do aeroporto internacional da capital iraniana, Saïd Chalandari.
As forças israelitas atacaram hoje os subúrbios a sul de Beirute, adiantou uma fonte de segurança libanesa, pouco depois de novo apelo de Israel para a saída dos moradores da zona.
"Um ataque aéreo israelita teve como alvo os subúrbios a sul de Beirute", referiu a fonte de segurança, que falou à agência France-Presse (AFP) sob condição de anonimato.
Os correspondentes da AFP ouviram o som de uma explosão na zona, que Israel atingiu várias vezes desde a semana passada, afirmando ter como alvo locais do Hezbollah.
Também as Forças de Defesa de Israel (FDI) destacaram na rede social Telegram que estavam a atingir "alvos terroristas" do movimento xiita Hezbollah em Beirute.
As forças israelitas já tinham instado na terça-feira à noite os residentes de um bairro nos arredores a sul de Beirute, conhecido como Dahye, a manterem-se afastados de certas áreas porque vão ser alvo de bombardeamentos.
Estes tipos de anúncios tornaram-se comuns desde que Israel intensificou os ataques contra o grupo libanês Hezbollah e a sua milícia.
As FDI garantiram hoje que os seus aviões de combate vão continuar a atacar "com força" nas próximas horas "no Médio Oriente".
O exército israelita confirmou hoje a morte do comandante Dhu Al Faqar Hinawi, chefe da milícia iraniana Divisão Imam Hussein, e de Muhammad Jaafar Qasir, comandante do Hezbollah, no bombardeamento lançado contra Beirute.
As forças armadas relataram, em declarações separadas, que ambos morreram num ataque "preciso" da Força Aérea na capital libanesa.
Hinawi fazia parte do Hezbollah, liderando sua divisão de engenharia na unidade de Aziz, bem como liderando o grupo na região de Alepo, disse o Exército.
Por fim, foi nomeado comandante da Divisão Imam Hussein com a autorização do antigo comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, Qasem Soleimani, e do líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, falecido na sexta-feira num ataque israelita contra a capital libanesa.
A sede da divisão ficava nos subúrbios ao sul de Beirute, conhecidos como Dahye, de onde operava ao lado do Hezbollah, explicou o Exército.
Além disso, de acordo com o texto militar, "a divisão desempenha um papel importante no combate e realizou numerosos ataques terroristas a partir de território libanês, sírio e iraquiano, incluindo o lançamento de numerosos mísseis antitanque, veículos aéreos não tripulados e foguetes contra comunidades no norte de Israel".
Um desses ataques consistiu no lançamento de um ataque com 'drones' contra uma escola em Eilat (sul de Israel) em novembro passado.
O Governo português condenou hoje "liminarmente os ataques do Irão a Israel e à sua população civil", destacando que "só a contenção de todas as partes pode evitar uma escalada de consequências imprevisíveis".
"O Governo português condena liminarmente os ataques do Irão a Israel e à sua população civil. O Irão deve cessar imediatamente as hostilidades. Só a contenção de todas as partes pode evitar uma escalada de consequências imprevisíveis", pode ler-se, numa nota na rede social X do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O ministério liderado por Paulo Rangel partilhou também a publicação, na mesma rede social, do chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, em que condenou "com a maior firmeza" e nos "termos mais veementes" os ataques do Irão com mísseis balísticos contra Israel, que constituem "uma séria ameaça" à segurança regional.
"O perigoso ciclo de ataques e retaliações corre o risco de se descontrolar. É necessário um cessar-fogo imediato em toda a região. A UE continua plenamente empenhada em contribuir para evitar uma guerra regional", destacou Josep Borrell.
O Irão lançou hoje cerca de 200 mísseis contra Israel, em retaliação pelos assassinatos do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general iraniano.
Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), a maioria dos mísseis foi intercetada com o apoio dos Estados Unidos, que já garantiu que vai coordenar com os israelitas a resposta a Teerão.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, realçou hoje à noite que o Irão "cometeu um erro grave" ao atacar o seu país e que "pagará o preço", enquanto o líder supremo do Irão, Ali Khamenei, afirmou que "a vitória pertence aos defensores
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse hoje à noite que o Irão "cometeu um erro grave" ao atacar o seu país e que "pagará o preço", estando Israel determinado em responsabilizar os seus inimigos.
"O regime iraniano não compreende a nossa determinação em nos defender e responsabilizar os nossos inimigos", frisou o governante, num discurso em vídeo.
"Há pessoas em Teerão que não compreendem isto. Vão compreender. Vamos cingir-nos ao que estabelecemos: quem quer que nos ataque, nós atacamos", garantiu Netanyahu.
Já o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, sublinhou na rede social X que "o Irão não aprendeu a lição".
"Quem ataca o Estado de Israel paga um preço elevado", frisou.
Israel solicitou hoje à noite uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, na sequência do ataque iraniano, com o seu embaixador no organismo, Danny Danon, a prometer responder ao ataque do Irão.
"O Irão vai sentir as consequências dos seus atos e vai ser doloroso", observou, depois de sublinhar que o Irão "mostrou ao mundo a sua verdadeira face: a de um Estado terrorista".
Estão em curso intensas consultas no Conselho de Segurança para convocar uma reunião de emergência que o Irão também solicitou no sábado, após a vaga de ataques israelitas contra o sul do Líbano, mas a reunião não se realizou, noticiou a agência Efe.
Danon pretende que tal reunião do Conselho termine "com uma condenação clara e inequívoca do Irão", enquanto por outro lado criticou o secretário-geral, António Guterres, pela sua reação dececionante pouco depois de tomar conhecimento do ataque iraniano contra Israel.
"Na sua declaração, basicamente ignorou o agressor e apenas falou da escalada", quando recordou que neste caso um Estado-membro atacou outro Estado-membro com mísseis balísticos, o que não foi explicitamente condenado por Guterres.
O Irão lançou hoje cerca de 200 mísseis contra Israel, em retaliação pelos assassinatos do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general iraniano.
Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), a maioria dos mísseis foi intercetada com o apoio dos Estados Unidos, que já garantiu que vai coordenar com os israelitas a resposta a Teerão.
"Os Estados Unidos apoiam Israel totalmente, totalmente, totalmente", frisou o Presidente Joe Biden aos jornalistas, acrescentando que as discussões com Israel estavam "em curso", sobre como responder aos iranianos.
O ataque do Irão acontece numa altura em que o Médio Oriente se encontra mergulhado numa situação explosiva e os apelos a um cessar-fogo no Líbano e em Gaza continuam sem resultados.
Um porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, referiu que o Irão disparou "aproximadamente o dobro dos mísseis" face ao seu ataque anterior contra Israel, em abril.
As milícias armadas iraquianas pró-Irão ameaçaram hoje atacar bases e interesses dos Estados Unidos no Iraque, em caso de ataque ao Irão na sequência do lançamento de mísseis por Teerão contra Israel.
"Se os americanos se envolverem em ações hostis contra o Irão ou se o inimigo sionista utilizar o espaço aéreo iraquiano para bombardear o território iraniano, todas as bases e interesses americanos no Iraque e na região serão um alvo para nós", sublinhou o Comité de Coordenação da Resistência Iraquiana, que engloba as milícias pró-Irão mais poderosas do país.
Esta mensagem surgiu depois de o Presidente norte-americano, Joe Biden, ter ordenado às Forças Armadas norte-americanas que abatessem mísseis que o Irão lançou hoje contra Israel.
As tropas norte-americanas estão presentes no Iraque enquanto lideram a coligação antijihadista internacional e têm sido alvo de ataques de milícias pró-Irão, especialmente desde o início da guerra em Gaza, há quase um ano.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, considerou hoje o ataque do Irão contra Israel "totalmente inaceitável", acrescentando que "o mundo inteiro" deve condenar a ação de Teerão.
"Os primeiros relatórios sugerem que Israel, com o apoio ativo dos Estados Unidos e de outros parceiros, frustrou efetivamente este ataque", destacou, referindo que o Irão terá disparado cerca de "200 mísseis balísticos".
"Demonstrámos mais uma vez o nosso compromisso com a defesa de Israel", frisou, numa breve declaração aos jornalistas.
O conselheiro de segurança nacional norte-americano, Jake Sullivan, estimou, por sua vez, que o ataque do Irão foi ineficaz e travado pelas forças israelitas, apoiadas pelos Estados Unidos.
Sullivan garantiu que os Estados Unidos mobilizaram contratorpedeiros para defender Israel e uma resposta futura contra o Irão será tomada em consultas com o seu aliado israelita.
Washington irá continuar a monitorizar possíveis ameaças do "Irão e dos seus grupos satélites", garantiu.
O Irão não quer uma guerra contra Israel, segundo Sandra Costa, especialista em assuntos do Médio Oriente. Em entrevista ao JN, que decorreu no início do ataque com mísseis lançados por Teerão, a analista destacou também as razões para a nova invasão israelita ao Líbano e qual deverá ser o futuro do Hezbollah.
Leia a entrevista completa aqui
As Forças de Defesa de Israel (FDI) adiantaram hoje à agência Efe que entraram "aproximadamente 180 projéteis" em território israelita durante o ataque do Irão, sem registo de vítimas até agora. Leia mais AQUI.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) adiantaram, esta terça-feira, à agência Efe que entraram "aproximadamente 180 projéteis" em território israelita durante o ataque do Irão, sem registo de vítimas até agora.
O Conselho de Segurança da ONU está em consultas intensas para uma reunião de emergência sobre a situação no Líbano e a escalada na região, após a incursão terrestre israelita e o ataque iraniano com mísseis contra Israel. A embaixadora da Suíça - país que iniciou hoje a sua presidência rotativa do Conselho de Segurança - , Pascale Baeriswyl, indicou que ainda não foi marcada nenhuma reunião, apesar de o Irão ter solicitado uma no sábado à noite e de a situação ter piorado desde então. Contudo, a diplomata admitiu estar convencida de que "mais cedo ou mais tarde" essa reunião terá lugar, previsivelmente antes de 8 de outubro, quando está planeada uma sessão periódica para rever a resolução 1559, datada de 2004, que também se refere ao Líbano.
Israel reabriu o seu espaço aéreo, após um ataque iraniano com mísseis que fez soar alarmes em todo o país, indicou uma porta-voz da Autoridade Aeroportuária israelita.
A reabertura ocorreu poucos minutos depois do fim do ataque, embora as companhias aéreas ainda demorem cerca de meia hora a retomar as operações, explicou a porta-voz.
No total, o espaço aéreo israelita esteve encerrado durante cerca de uma hora.
O porta-voz militar israelita, Daniel Hagari, advertiu hoje que "haverá consequências" do ataque iraniano, que envolveu o lançamento de mísseis balísticos sobre Israel, mas intercetados pelo sistema de defesa antiaérea.
"Estamos em alerta máximo defensiva e ofensivamente, vamos proteger os cidadãos de Israel. Este disparo [de mísseis] terá consequências. Temos planos e atuaremos no momento e no local que escolhermos", disse o contra-almirante.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram ter intercetado um grande número de mísseis disparados pelo Irão contra o país, acrescentando ter detetado alguns "impactos" durante o ataque.
"Fizemos um grande número de interceções. Houve alguns impactos no centro e outros no sul do país", adiantou Daniel Hagari.
Cerca das 19.40 horas locais (menos duas horas em Portugal continental), o exército israelita anunciou que o Irão "lançou mísseis contra o Estado de Israel" e apelou à população para procurar abrigos. Cerca de 50 minutos depois, as forças armadas indicaram que a população poderia sair dos abrigos.
A Guarda Revolucionária do Irão reivindicou o ataque com mísseis contra Israel, que justificou como uma represália pelas mortes do líder político do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniye, e do secretário-geral da milícia xiita libanesa Hezbollah, Hassan Nasrallah.
Um dos alvos do ataque iraniano desta noite contra Israel terão sido tanques militares no "Corredor Netzarim", que divide o sul e o norte de Gaza.
O exército israelita declarou que a população pode sair dos abrigos em todo o país, menos de um hora depois do início do ataque do Irão contra Israel, que fez pelo menos dois feridos ligeiros em Telavive.
"Na sequência da avaliação da situação, foi decidido que é agora permitido sair dos espaços protegidos em todas as zonas do país. Solicitamos que o público continue a seguir as diretrizes do Comando da Frente Interna", anunciaram as Forças de Defesa de Israel (FDI), cerca das 20:35 locais (menos duas horas em Portugal continental).
Segundo um balanço inicial dos serviços de emergência, o ataque causou dois feridos ligeiros.
Cinquenta minutos antes, o exército israelita anunciou que o Irão "lançou mísseis contra o Estado de Israel" e apelou à população para procurar abrigos.
A Guarda Revolucionária do Irão reivindicou hoje ter efetuado um ataque com mísseis contra Israel, em represália pelas mortes do líder político do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniye, e do secretário-geral da milícia xiita libanesa Hezbollah, Hassan Nasrallah.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou hoje o alargamento do conflito no Médio Oriente "com escalada após escalada", apelando a um cessar-fogo imediato após o Irão atacar Israel com mísseis.
"Condeno o alargamento do conflito no Médio Oriente com escalada após escalada. Isso deve parar. Precisamos absolutamente de um cessar-fogo", frisou o ex-primeiro-ministro português, através da rede social X.
A publicação de Guterres surgiu pouco depois do início de um ataque com mísseis do Irão contra Israel.
A Guarda Revolucionária do Irão anunciou que os ataques desta noite são uma resposta à morte do líder do Hezbollah Hassan Nasrallah, na última semana, e de Ismail Haniyeh, líder do Hamas assassinado este ano, refere a Al-Jazeera.
O Irão considera que o ataque desta noite contra Israel é "a resposta legal, racional e legítima do Irão aos actos terroristas do regime sionista - que visavam cidadãos e interesses iranianos e infringiam a soberania nacional da República Islâmica do Irão - foi devidamente executada".
Se o "regime sionista se atrever a responder ou a cometer novos atos de malevolência, seguir-se-á uma resposta subsequente e esmagadora", escreveu na rede social X a Missão Permanente da República Islâmica do Irão nas Nações Unidas. Os Estados da região e os apoiantes dos sionistas são aconselhados a separar-se do regime"
Em Jaffa, segundo o "Jerusalem Post", há um "incidente com vítimas" no centro da cidade, perto da estação de metro. Os dois alegados autores do ataque armado foram abatidos pela polícia.
Oito pessoas morreram, esta terça-feira, na cidade israelita de Jaffa, quando dois homens abriram fogo sobre pessoas que se encontrava numa estação de metro, segundo confirmaram os serviços de emergência ao jornal "Haaretz".
A relatora especial da ONU para a Palestina, Francesca Albanese, lamentou, esta terça-feira, a "impunidade" do primeiro-ministro israelita nos conflitos no Médio Oriente, defendendo que Benjamim Netanyahu "deve ser parado", apesar do apoio norte-americano e "braços cruzados" da Europa.
"Os EUA estão preparados para ajudar Israel a defender-se contra estes ataques e proteger os americanos na região", escreveu o presidente dos EUA, Joe Biden.
“O sistema de defesa aérea está totalmente operacional, detetando e intercetando ameaças onde quer que seja necessário, mesmo nestes momentos”, explica um porta-voz israelita à Al-Jazeera.
As sirenes de ataque aéreo soam na capital israelita, enquanto se observam no céu da cidade os ataques de rockets e o sistema de defesa "cúpula de ferro" os interceta.
O secretário-geral da ONU declarou-se hoje "extremamente preocupado" com a escalada do conflito no Líbano, apelando para um "cessar-fogo imediato" de todas as partes, para evitar uma "guerra em grande escala". António Guterres pediu respeito pela "soberania e integridade territorial" do Líbano.
O responsável máximo das Nações Unidas mantém contacto com vários atores no conflito e falou hoje com o primeiro-ministro interino do Líbano, Nayib Mikati, a quem reiterou que todo o sistema da ONU está "mobilizado" para ajudar o seu país. Segundo um comunicado do seu gabinete, exortou a comunidade internacional a responder "com urgência" ao apelo humanitário de cerca de 383 milhões de euros, lançado hoje.
As Forças de Defesa de Israel alertaram a população para se abrigar, porque foram disparados mísseis a partir do Irão.
A companhia neerlandesa KLM anunciou o prolongamento da suspensão dos seus voos para Israel até ao final do ano, enquanto a alemã Lufthansa prolongará a suspensão dos voos para Beirute até 30 de novembro. "Tendo em conta a situação na região, decidimos prolongar a suspensão dos voos para Telavive até ao final do ano", declarou a porta-voz da KLM, Elvira van der Vis.
Por seu turno, a Lufthansa também decidiu prolongar a suspensão dos seus voos para Telavive até 31 de outubro, sendo que manteve a suspensão dos seus voos para Teerão até 14 de outubro. "Tendo em conta a situação atual, o Grupo Lufthansa adapta mais uma vez o seu programa de voos", disse a grupo de aviação num comunicado.
Simultaneamente, a sua filial suíça Swiss anunciou a suspensão dos seus voos de e para Telavive até 31 de outubro. Todos os voos de e para Beirute, inicialmente suspensos até 26 de outubro, serão cancelados até 30 de novembro.
Os Estados Unidos antecipam que o Irão prepara um “ataque iminente” contra Israel com mísseis balísticos, segundo um alto funcionário da Casa Branca citado pela CNN. “Estamos a apoiar ativamente os preparativos defensivos para defender Israel contra este ataque. Um ataque militar direto do Irão contra Israel terá consequências graves para o Irão”, acrescentou a mesma fonte à cadeia televisiva.
Por sua vez, o exército israelita declarou-se pronto "para defender e atacar", apesar de Israel não ter detetado por enquanto qualquer "ameaça aérea". "Os nossos parceiros nos Estados Unidos informaram-nos que detetaram preparativos iranianos para lançar mísseis contra o Estado de Israel (...). Por enquanto, não detetámos qualquer ameaça aérea (do) Irão", declarou o contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz do exército israelita. Na mensagem transmitida pela televisão, o porta-voz acrescentou que, se necessário, o exército "está pronto a defender-se e a atacar".
As Forças de Defesa de Israel expandiram as áreas com restrições de reunião de pessoas, incluindo partes de Jerusalém, Telavive, Haifa e regiões da Cisjordânia ocupada, de acordo com a agência Reuters. Além disso, instituições de ensino e de trabalho continuam a funcionar caso estejam localizadas perto de abrigos anti-bomba.
A Força Aérea Israelita (FAI) divulgou na rede social X (antigo Twitter) um mapa de regiões no centro de Israel que terão sido alvo de rockets do Hezbollah, lançados a partir do Líbano.
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Lammy, urgiu os cidadãos a saírem do Líbano enquanto o aeroporto de Beirute está aberto devido ao risco de a investida militar israelita naquele país se intensificar. Em declarações a jornalistas transmitidas na estação pública BBC, o ministro aconselhou os cidadãos britânicos a saírem do Líbano por meios comerciais o mais rapidamente possível, tendo o Governo fretado um avião para esse efeito com partida marcada para quarta-feira.
"Aviões de guerra israelitas realizaram bombardeamentos aéreos contra o batalhão radar, pertencente à 79.ª legião de defesa aérea (síria), entre a cidade de Al-Sanamain e a aldeia de Al-Qaniya, no norte da província de Deraa", no sul da Síria, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
Na província vizinha de Al-Suweida, os aviões israelitas atingiram um campo de aviação e um radar de defesa aérea. Os ataques fizeram dois feridos em Deraa e outro em Al-Suweida, referiu a organização não-governamental.
O Exército israelita anunciou a convocação de mais quatro brigadas da reserva que serão destacadas no norte do país, após ter lançado uma ofensiva terrestre contra posições do movimento xiita armado Hezbollah no sul do vizinho Líbano. "Esta medida permitirá prosseguir as atividades da operação contra a organização terrorista Hezbollah e alcançar os objetivos operacionais, nomeadamente o regresso em segurança dos habitantes do norte de Israel às suas casas", declarou o Exército em comunicado.
O presidente do parlamento libanês, Nabih Berri, próximo do Hezbollah, apelou à ONU para que crie um corredor aéreo que permita a entrega de ajuda humanitária a cerca de um milhão de deslocados pelos ataques israelitas no país.
De acordo com um comunicado do seu gabinete de imprensa, Berri pediu às Nações Unidas para que "estabeleçam uma ponte aérea que assegure a entrega dos fornecimentos de ajuda humanitária".
A China manifestou-se "profundamente preocupada" com a "nova escalada" após o anúncio de Israel de uma ofensiva terrestre no Líbano, e opôs-se a "qualquer violação da soberania libanesa". Pequim "opõe-se a qualquer violação da soberania, segurança e integridade territorial do Líbano e opõe-se a qualquer ato que agrave os conflitos e conduza a uma nova escalada da situação regional", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês em comunicado. Na declaração, Pequim instou Israel a "tomar medidas para desanuviar a situação".
O Governo russo apelou a Israel para que retire as tropas do sul do Líbano. "A Rússia condena veementemente o ataque ao Líbano e apela às autoridades israelitas para que cessem imediatamente as hostilidades, retirem as tropas do território libanês e se empenhem numa verdadeira procura de formas pacíficas de resolver o conflito no Médio Oriente", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo numa declaração publicada na sua conta do Telegram. "A natureza combinada da invasão israelita, que envolve todos os ramos do exército, sugere que o número de mortos irá aumentar rapidamente", acrescentou.
À medida que Israel intensifica os ataques e surgem os primeiros relatos de entrada de tropas terrestres no Líbano, a Beirute confluem cada vez mais deslocados, que incluem habitantes dos subúrbios da própria cidade, e os seus medos e incertezas.
Na última noite, foram sentidas duas novas explosões nos subúrbios sul, que ecoaram por toda a cidade, e seguiu-se um movimento de carros e 'scooters' em alta velocidade em direção ao centro da capital libanesa, presumivelmente mais seguro.
Por Henrique Botequilha, enviado da agência Lusa
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Espanha, José Manuel Albares, citado pelo diário “El País”, classificou o conflito entre Israel e o Líbano como “insuportável”. “Para alcançar a paz só há um caminho: o respeito pelo direito internacional humanitário. Esta espiral de violência tem de cessar”, afirmou o governante. A Espanha comanda a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL). “Insistimos para que a incursão terrestre seja interrompida, pois estamos a receber informações muito preocupantes”, completou.
A Turquia condenou a “tentativa de invasão ilegal” do Líbano, segundo a agência de notícias Associated Press, com a diplomacia de Ancara a alertar que a incursão aumentará a instabilidade regional, criará uma nova vaga de migração e contribuirá para o ressurgimento de grupos extremistas. “O Conselho de Segurança da ONU deve defender o direito internacional e tomar as medidas necessárias contra este ataque que visa ocupar o Líbano”, acrescentou.
Moscovo também demonstrou preocupação com a escalada do conflito no Médio Oriente. “Estas tensões são destrutivas para a região e para as áreas circundantes”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
O Hezbollah afirmou que atingiu com mísseis a sede da Mossad, os serviços secretos de Israel, e a base militar de Glilot, nos arredores de Telavive.
O porta-voz do grupo islamita, Mohammad Afif, citado pela agência de notícias Reuters, disse que os ataques são “apenas o começo”. O militante do Hezbollah negou ainda que as tropas israelitas entraram no território libanês, reiterando que não houve ainda “confrontos terrestres diretos”, mas que a organização estaria pronta para tal situação.
"Como Estado de bandeira, Portugal não deve utilizar o seu navio para transferir os explosivos ou deve retirar a sua bandeira para não ajudar na transferência" desse armamento, sublinhou a Amnistia Internacional, esta terça-feira, em comunicado.
O navio "MV Kathrin", que transporta explosivos para Israel, pediu a retirada da bandeira portuguesa, uma decisão "irreversível" após diligências do Governo português sobre o caso.
O exército libanês garantiu hoje que não se retirou da fronteira com Israel, apesar de terem sido divulgadas informações nesse sentido, explicando que está apenas a reposicionar-se face aos ataques "cada vez mais bárbaros" do "inimigo israelita".
Sublinhando que mantém a "cooperação e coordenação" com a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil), o exército garantiu que as informações divulgadas por alguns meios de comunicação social sobre a retirada dos postos fronteiriços no sul "são imprecisas".
A missão de paz da ONU no Líbano (UNIFIL) avisou esta terça-feira que qualquer entrada de Israel no território libanês constituirá uma violação de soberania, adiantando ter sido notificada pelo exército israelita da "intenção de realizar incursões terrestres limitadas".
"Qualquer passagem para o Líbano constitui uma violação da soberania libanesa e da integridade territorial, bem como uma violação das resoluções" da ONU", afirmaram os "capacetes azuis" em comunicado.
O Hezbollah reclamou ter atingido forças israelitas em Metula, no norte de Israel.
O movimento apoiado pelo Irão afirmou ter usado obuses e foguetes de artilharia contra "tropas inimigas" em Metula, norte de Israel, perto da fronteira com o Líbano.
A ONU disse hoje que são necessários mais de 358 milhões de euros de ajuda urgente para as centenas de milhares de deslocados, na sequência dos ataques israelitas no Líbano.
"O primeiro-ministro, Najib Mikati, e o coordenador humanitário [das Nações Unidas] para o Líbano, Imran Riza, lançaram um apelo de emergência no valor de 426 milhões de dólares [358 milhões de euros] para mobilizar recursos urgentes para os civis afetados pelo agravamento do conflito que conduziu a uma crise humanitária no Líbano", refere um comunicado difundido pela ONU.
Dois voos de Beirute chegaram a Larnaca, no Chipre, esta segunda-feira, com cidadãos libaneses que escapam dos ataques em curso no Líbano. Esta noite, Israel confirmou o início de uma incursão terrestre no país. Há mais de um milhão de deslocados.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, apelou hoje às Nações Unidas para prestarem ajuda a "um milhão" de deslocados na sequência dos ataques israelitas contra o Líbano. Mikati sublinhou que o Líbano enfrenta uma das fases mais perigosas da história do país.
O porta-voz militar de Israel, Daniel Hagari, partilhou uma mensagem vídeo em inglês, na qual afirma que Israel está a atacar aldeias dentro do Líbano que o Hezbollah converteu em bases militares como parte de um plano para lançar um ataque a Israel, e promete que Telavive “continuará a fazer o que for necessário” para evitar que um ataque ao estilo do 7 de outubro se repita.
"O Hezbollah planeava invadir Israel, atacar as comunidades israelitas e massacrar homens, mulheres e crianças inocentes. Chamaram a este plano 'Conquistar a Galileia'.
Durante décadas, as resoluções do Conselho de Segurança da ONU apelaram ao Líbano para que garanta que o seu território está livre de grupos armados não governamentais. A resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU de 2006, acordada por Israel e pelo Líbano, exige que não haja pessoal armado, bens e armas que não sejam os do governo do Líbano e da Unifil no Sul do Líbano", declarou.
Ainda antes da incursão, as Forças de Defesa de Israel publicaram uma imagem a dar conta de que os principais alvos e dirigentes do Hezbollah tinham sido eliminados, com o nome de Hassan Nasrallah à cabeça. O líder do movimento libanês foi morto num ataque aéreo em Beirute, no sábado. A incursão terrestre desta segunda-feira, uma operação denominada "Setas do Norte", apoiada por meios aéreos do exército israelita, está a gerar uma enorme tensão no território, com a possibilidade de uma escalada na violência que grassa no Médio Oriente.
Bom dia, o exército libanês retirou-se de postos de observação no extremo Sul do território. Israelitas declaram zona militar fechada em três cidades no Norte e atravessam a fronteira entre os dois países.
Ao longo das últimas décadas, foram várias as incursões e invasões de Israel ao Líbano. Estas são as principais datas do conflito entre os dois países, que acordaram um cessar-fogo em 2006, várias vezes desrespeitado.
Um porta-voz do exército israelita descreve que estão a decorrer intensos combates no sul do Líbano. Avichay Adraee partilhou uma mensagem em que pede à população que não se desloque de carro para a zona onde está a ser realizada a incursão, a sul do rio Litani. "Estão a ocorrer intensos combates no sul do Líbano, durante os quais os membros do Hezbollah usam o ambiente civil e a população como escudos humanos para lançar ataques", escreveu no X.
Jeanine Hennis, coordenadora das Nações Unidas para o Líbano, escreveu uma mensagem na rede social X a dizer que "o lançamento de foguetes e mísseis, o lançamento de bombas e a realização de ataques" por Israel pode vir a "condenar outra geração" - em alusão à invasão israelita entre 1982-2000.
O secretário da Defesa dos Estados Unidos defendeu a "necessidade de desmantelar a infraestrutura de ataque" do movimento xiita Hezbollah, após Israel ter lançado ataques terrestres “limitados, localizados e direcionados” no sul do Líbano.
Na segunda-feira, Lloyd Austin alertou ainda o Irão contra um possível “ataque militar direto contra Israel”, sublinhando as “graves consequências” que isso implicaria para Teerão, de acordo com um comunicado de imprensa.
O chefe do Pentágono fez as declarações depois de falar com o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant.
“Concordámos com a necessidade de desmantelar a infraestrutura de ataque ao longo da fronteira para garantir que o Hezbollah libanês não possa realizar ataques ao estilo de 7 de outubro contra comunidades no norte de Israel”, disse Lloyd Austin.
Esta terça-feira de manhã, o Hezbollah afirmou que disparou rockets contra tropas israelitas junto à cidade fronteiriça de Metula.
O ataque foi lançado pelas 08.05 horas (06.05 horas em Portugal continental).