Israel responsável pela segurança? Palestinianos no Sinai? O futuro de Gaza e os seus moradores
Após ter-se completado um mês de uma "crise de humanidade", como classificou na segunda-feira António Guterres, o fim – ou pelo menos uma suspensão – do conflito entre Israel e o Hamas não parece ser ainda uma hipótese no horizonte. Mesmo assim, surgem dúvidas sobre o futuro de Gaza e os seus 2,3 milhões de habitantes.
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Ao ser questionado esta segunda-feira à noite no canal norte-americano ABC News sobre quem governaria o enclave palestiniano após os confrontos cessarem, o primeiro-ministro israelita disse que Israel cuidaria da segurança. "Creio que Israel terá, por um período indefinido, a responsabilidade geral pela segurança, porque vimos o que acontece quando não a temos. Quando não temos essa responsabilidade pela segurança, o que temos é a erupção do terror do Hamas numa escala que não poderíamos imaginar", declarou Benjamin Netanyahu.
Retórica similar ao do ministro da Defesa hebraico, Yoav Gallant, que afirmou esta terça-feira que, após o extermínio dos braços político e armado do Hamas, as Forças de Defesa de Israel (FDI) teriam liberdade de ação em Gaza, "sem limitações nas operações". As falas do governante ocorreram durante uma sessão do Comité de Negócios Estrangeiros e Segurança do Knesset, o Parlamento israelita.