Israelitas acusados da morte de dezenas de palestinianos à espera de comida em Gaza
Pelo menos 15 palestinianos terão sido mortos, esta segunda-feira, por militares israelitas, enquanto esperavam para receber alimentos em vários pontos de distribuição, depois de outros cinco terem sido abatidos em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza.
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A agência de notícias palestiniana Wafa informou que cinco civis foram mortos e vários feridos depois de os militares israelitas terem "aberto fogo contra uma multidão de civis que esperava para receber ajuda humanitária" no norte da Faixa de Gaza.
Fontes do Crescente Vermelho citadas pela agência noticiosa adiantaram que três dos mortos e seis dos feridos foram transportados para o Hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza, depois do ataque.
Às vítimas no norte do enclave somam-se pelo menos outros 10 palestinianos mortos pelos israelitas, quando esperavam receber alimento nos pontos de distribuição de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, que são geridos pela designada Fundação Humanitária para Gaza (GHF, na sigla em Inglês), disse fonte do Hospital Nasser, em Khan Yunis, à Efe.
Apesar de esta organização classificar, nos seus comunicados, estes ataques como "acusações falsas", os números do Ministério das Saúde da Faixa de Gaza indicam que estes acontecimentos diários já causaram a morte a pelo menos 450 pessoas desde final de maio e ferimentos a outras 3400.
Além disto, ao Hospital Nasser chegaram os corpos de mais seis palestinianos e outros três, que já estavam internados, faleceram, o que eleva para 19 os mortos registados hoje por esta unidade de saúde.
Os israelitas mataram outros quatro palestinianos, depois de bombardearem as tendas de campanha para os deslocados, nas proximidades da mesquita Al Hidaya, em Khan Yunis, segundo a Wafa.
Outros três palestinianos foram mortos por um bombardeamento israelita de um grupo de pessoas que se encontrava perto de uma escola da cidade de Gaza, segundo o Crescente Vermelho.
Por outro lado, no domingo, foram recuperados 39 cadáveres nos hospitais do enclave, o que significou a ultrapassagem do limiar dos 56 mil palestinianos mortos pelos israelitas desde outubro de 2023, segundo a informação diária do Ministério.