Na véspera do início das negociações directas entre israelitas e palestinianos, o presidente Mahmud Abbas apelou ao congelamento da construção de colonatos e Benjamin Netanyahu garantiu que os terroristas não impedirão o avanço para a paz.
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"Lembramos o nosso compromisso em cumprir as nossas obrigações e apelamos aos israelitas para cumprirem as deles, incluindo o congelamento de todas as actividades (de construção) nos colonatos", disse o presidente palestiniano Mahmud Abbas Abbas, perante o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, os presidentes dos Estados Unidos e do Egipto, Barack Obama e Hosni Mubarak, além do rei Abdallah da Jordânia, ontem à noite, quarta-feira, na Casa Branca.
"Esse congelamento não é uma condição prévia (às negociações), mas um objectivo para aplicar uma obrigação sobre a qual existe um acordo", salientou.
A questão da colonização israelita na Cisjordânia, sobre a qual o governo de Netanyahu decretou uma moratória que expira a 26 de Setembro, constitui um obstáculo significativo no processo de paz.
O primeiro-ministro de Israel, por sua vez, garantiu que os "terroristas" não impedirão o avanço para a paz, numa referência aos atentados contra israelitas.
"Há duas horas, houve um novo ataque terrorista", disse Netanyahu. "E graças a Deus, ninguém morreu. Não deixarei que os terroristas entravem o caminho para a paz, mas como estes incidentes mostraram mais uma vez, essa paz deve firmar-se na segurança", afirmou no lançamento das negociações directas com os palestinianos, sob a égide dos Estados Unidos.
O braço armado do movimento islâmico palestiniano Hamas reivindicou o ataque anti-israelita na Cisjordânia, o segundo em 24 horas, do qual resultaram dois feridos. Outro ataque, na terça-feira, custou a vida a quatro colonos israelitas, incluindo uma mulher grávida.