A Itália está disposta a enviar tropas para a Palestina como parte de uma missão de manutenção da paz, caso viesse a ser criado um Estado palestiniano reconhecido internacionalmente, disse o vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros italiano.
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"O Governo italiano está fortemente empenhado na paz", disse Antonio Tajani.
"Somos amigos de Israel, mas queremos trabalhar para a paz, incluindo através do possível envio de tropas se for criado um Estado palestiniano, juntamente com forças de outros países", afirmou.
O governante italiano apelou também à contenção de Israel após o ataque do Irão no passado fim de semana. "Espero que não haja uma escalada", disse Tajani.
O chefe da diplomacia italiana considerou que, "do ponto de vista militar, Israel ganhou, repeliu a ofensiva" iraniana.
"Agora temos de evitar que o conflito se alargue, porque não temos apenas tensões em Gaza, mas também no Mar Vermelho", defendeu.
O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque contra Israel, com recurso a mais de 300 drones (aparelhos aéreos não tripulados), mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o Exército israelita.
Teerão justificou o ataque com uma medida de autodefesa, argumentando que a ação militar foi uma resposta "à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco (Síria), ocorrida a 1 de abril e marcada pela morte de sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.
A comunidade internacional ocidental condenou veementemente o ataque do Irão a Israel, apelando à máxima contenção, de forma a evitar uma escalada da violência no Médio Oriente, região já fortemente instável devido à guerra em curso há mais de seis meses entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.