O futebolista colombiano James Rodríguez, que atualmente joga no Bayern de Munique, foi acusado de fuga ao fisco em Espanha e terá de pagar 11,65 milhões de euros.
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O caso remonta a 2014, aquando da transferência do jogador do Mónaco para o Real Madrid, e envolve duas situações: direitos de imagem e tributações vindas do salário que recebia no Mónaco. No total, o fisco espanhol acusa James Rodríguez de defraudar os cofres do Estado em 6,35 milhões de euros.
James Rodríguez encontrava-se, por essa altura, a jogar no Real Madrid, residia em Espanha e, por isso, deveria ter apresentado a declaração de renda como residente no país. Como não o fez, foi aberta uma investigação para averiguar se o procedimento estaria correto.
Fontes próximas da investigação avançaram ao "El Mundo" que a maior parte da atividade económica do jogador desenrolou-se em Espanha. Por isso, James Rodríguez terá agora que declarar três milhões de euros de salário do Mónaco em Espanha, correspondentes a 2014, e que não foram tributados. Desta forma, já com os 45% de impostos, o jogador terá de pagar 1,4 milhões de euros.
James Rodríguez terá vendido a exploração dos direitos de imagem ao empresário Jorge Mendes por 12 milhões de euros, também em 2014. Como o jogador não apresentou a morada fiscal espanhola, pagou impostos apenas de uma pequena parte da quantia, restando abarcar 4,9 milhões de euros.
No entanto, o fisco espanhol afasta a hipótese de crime fiscal, tratando-se, antes, de um erro não premeditado na forma como a tributação foi feita.
A fuga ao fisco terá ascendido aos 6,35 milhões de euros e as Finanças defendem a aplicação de uma multa de, pelo menos, 75% desse valor (4,5 milhões de euros), mas que, somando os juros dos exercícios de 2015 a 2017 e os recursos que pode apresentar, sobe para 11,65 milhões de euros.