O Japão declarou o estado de emergência em cinco reactores nucleares de duas centrais nucleares, na sequência do forte sismo, seguido de tsunami, que abalou o nordeste do arquipélago. Na central nuclear de Fukushima, o nível de radioactividade é mil vezes superior ao normal.
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Milhares de pessoas foram evacuadas, com o raio de segurança a ser alargado de três para 10 quilómetros, enquanto os trabalhadores tentam baixar a temperatura dos depósitos dos reactores, para evitar que rebentem.
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, pediu aos moradores num raio de dez quilómetros em redor da central para abandonarem a zona, em virtude do risco de uma fuga radioactiva, noticiou a AFP, que cita a agência Jiji, que dá conta dessa informação a partir do Ministério da Indústria.
A informação foi divulgada pela agência Kyodo, que cita a comissão de segurança.
O nível de radioactividade é mil vezes superior ao normal na sala de controlo do reactor n.º1 da central nuclear de Fukushima (nordeste do Japão). A companhia está a libertar ar, que pode conter materiais radioactivos, de forma a aliviar a pressão dos depósitos nucleares e o perímetro de segurança foi alargado de 3 para 10 quilómetros.
A Companhia Eléctrica de Tóquio, que gere a central de Fukushima, emitiu um aviso sábado de manhã (sexta-feira à noite em Portugal), alertando para a o aumento da pressão dos depósitos dos reactores. Se os valores estivessem correctos, relata o canal de televisão nipónico NHK, os depósitos podiam rebentar.
A companhia diz que vai libertar pouco ar e promete avisar os habitantes da região antes de começar a operação, A companhia Eléctrica de Tóquio assegura que vai monitorizar a quantidade de material radioactivo no ar antes de o libertar.
Antes deste anúncio, já o Ministro da Indústria japonês admitia a possibilidade de uma pequena fuga radioactiva na central nuclear de Fukushima.
Banri Kaieda, ministro do Comércio e da Indústria, confirmou a possibilidade de uma ruptura na central, depois de alguns funcionários detectarem um aumento da pressão nos reactores.
Anteriormente as autoridades japonesas tinham garantido que nenhuma fuga radioactiva tinha sido descoberta nas diferentes centrais nucleares das províncias afectadas.
Seis mil pessoas foram evacuadas dos arredores da central de Fukushima, algumas horas depois do forte abalo que atingiu a região, esta sexta-feira.
As águas de arrefecimento das instalações nucleares caíram atingindo níveis alarmantes, mas a situação teria ficado restabelecida. Também o Exército japonês foi enviado para o local para averiguações.