O governo japonês já levantou o alerta à população de Okinawa, no sul do país, por causa de um aviso da Coreia do Norte para o lançamento de um míssil. O governo nipónico diz que míssil foi para o Pacífico e já não é ameaça.
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O alerta para que os habitantes procurassem abrigo de imediato foi emitido através do sistema de proteção civil do país J-Alert, conta o jornal "The Japan Times". Entretanto, as autoridades japonesas afirmaram que o míssil tinha seguido em direção ao Pacífico e já não há qualquer ameaça à segurança nacional.
O pedido foi feito esta terça-feira de manhã, após o ministério de Defesa da Coreia do Norte ter afirmado que iria realizar a terceira tentativa para o lançamento de um satélite militar espião nos próximos dias, com o que se calcula que seja ajuda da Rússia após a transferência de armas para Moscovo.
O aviso do regime liderado por Kim Jong-un mereceu críticas por eventual violação do direito internacional.
A Coreia do Norte emitiu um aviso formal de lançamento de um satélite já na quarta-feira, disse o Japão, com a terceira tentativa de Pyongyang de colocar um olhar militar no céu depois de provavelmente ter recebido ajuda técnica da Rússia em troca de transferências de armas.
Lançamento de satélite até 1 de dezembro
A guarda costeira do Japão publicou na terça-feira uma notificação no seu site sobre uma janela de lançamento entre 22 de novembro e o dia 1 de dezembro, e o Ministério dos Oceanos e Pescas de Seul, da Coreia do Norte, emitiu rapidamente um aviso de navegação para os navios.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse aos jornalistas que “exigiria o cancelamento do lançamento... e que faria todos os esforços na preparação para situações imprevisíveis”.
Kishida acrescentou que qualquer utilização de tecnologia de mísseis balísticos por Pyongyang representaria uma violação das resoluções da ONU e que o Japão estava a coordenar a sua resposta com a Coreia do Sul e os Estados Unidos, seus parceiros num acordo de defesa trilateral.
Seul alertou durante semanas que Pyongyang estava nos “estágios finais” de preparação para o lançamento de outro satélite espião, com o ministro da Defesa, Shin Won-sik, a afirmar no domingo que a descolagem poderia ocorrer ainda esta semana.
Kang Ho-pil, diretor-chefe de operações do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, avançou na segunda-feira que os militares de Seul tomariam “medidas necessárias para garantir a vida e a segurança das pessoas” se o lançamento fosse avante.
Yang Moo-jin, presidente da Universidade de Estudos Norte-Coreanos de Seul, disse à agência de notícias France-Presse que Seul provavelmente tomará fortes “contramedidas”.