Na tomada de posse, o presidente argentino garantiu que o ciclo de “declínio” económico acabou. Ultraliberal avisou que antes da reconstrução o país irá passar por um plano de choque.
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Pouco mais de um mês após vencer, contra todas as expectativas, as eleições, o ultraliberal Javier Milei tomou posse como presidente em Buenos Aires. Perante apoiantes e convidados, o economista – que diz ter recebido a “pior herança” que um Governo já teve em mãos – inaugurou, este domingo, uma “nova era” na História da Argentina, mas esclareceu que a reconstrução económica não será um trabalho fácil. “Não há dinheiro”, lembrou, durante o discurso em frente ao Congresso.
“Terminou uma longa e triste história de decadência e declínio”, salientou o líder do Partido Libertário, ao recordar a situação económica na qual o país se encontra. “Deixaram-nos uma inflação de 15 mil por cento ao ano”, lamentou, acrescentando que a Argentina vai recuperar da conjuntura adversa, mas antes terá de passar por um plano de choque que terá um impacto negativo no emprego, nos salários e na taxa de pobreza. “Haverá estagflação, mas não é muito diferente do que aconteceu nos últimos dois anos”, defendeu.