O líder histórico da extrema-direita francesa, Jean-Marie Le Pen, foi esta segunda-feira "suspenso" da Frente Nacional, anunciou o partido agora dirigido pela sua filha Marine Le Pen.
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O comunicado acrescenta que o partido vai convocar uma assembleia partidária "nos próximos três meses" para decidir se lhe será retirado o seu atual estatuto de presidente honorário do partido.
O afastamento do cofundador da Frente Nacional (FN) foi decidido durante uma reunião do comité executivo do movimento, convocado para sancionar polémicas declarações feitas por Le Pen em abril sobre o holocausto e a imigração.
O líder histórico da extrema-direita francesa, 86 anos, tinha recusado comparecer esta segunda-feira perante a mais alta instância do partido que deveria pronunciar-se sobre eventuais sanções dirigidas ao velho tribuno da direita radical.
"O presidente-fundador da FN considera que é contrário à sua dignidade", considerou hoje frente à sede do partido em Nanterre (zona oeste de Paris), numa referência à decisão da direção da FN.
Jean-Marie Le Pen está em conflito aberto com a sua filha Marine, que voltou a desafiar em 2 de abril ao retomar as declarações sobre as câmaras de gás, um "detalhe" da História na sua perspetiva. Alguns dias mais tarde, criticou a democracia e insistiu na necessidade de "salvar a Europa boreal e o mundo branco".