Jeb Bush, filho e irmão dos dois últimos presidentes republicanos dos Estados Unidos, oficializou a candidatura às primárias presidenciais de 2016, num discurso em Miami, no sudeste do país.
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"Sou candidato à presidência dos Estados Unidos", declarou, perante apoiantes, sublinhando que os norte-americanos merecem melhor do que um Presidente democrata, após oito anos de Barack Obama.
"O partido na Casa Branca já está a planear uma primária sem 'suspense', para uma eleição sem mudança", afirmou Jeb Bush, referindo-se ao estatuto de favorita da antiga secretária de Estado Hillary Clinton para as primárias democratas.
"Sabemos que a América merece melhor", declarou.
O republicano, de 62 anos, apresentou um longo balanço do mandato como governador do Estado da Florida, de 1999 a 2007, uma experiência executiva apresentada como a melhor preparação para a presidência do país.
"Um regresso à livre iniciativa e a um povo livre. Sei que é possível porque já o fiz", afirmou, acrescentando: "Não há qualquer razão que nos impeça de termos um crescimento de 4% ao ano. E este será o meu objetivo como presidente: 4% de crescimento e 19 milhões de empregos resultantes".
O candidato republicano prometeu enfrentar os sindicatos e a burocracia da capital federal.
"Precisamos de um Presidente disposto a mudar toda a cultura da nossa capital", acrescentou Jeb Bush, que se apresentou como um responsável político exterior ao jogo político do país.
Sobre política externa, Bush analisou os anos "Obama-Clinton-Kerry" aos quais atribuiu uma série de crises no estrangeiro.
A apresentação da candidatura de Jeb Bush em Miami, cidade onde a comunidade cubano-norte-americana é importante e influente, reuniu numerosos apoiantes hispânicos. A mulher de Jeb, Columba, é de origem hispânica.
"Nesta família, não só falamos espanhol, como sabemos a importância da comunidade latina", declarou o filho de Jeb Bush, George P. Bush, eleito local no Estado do Texas (sul), na apresentação da candidatura do pai.