Um dirigente do grupo extremista Estado Islâmico com "ligações diretas" ao alegado cabecilha dos atentados de novembro em Paris foi morto num bombardeamento aéreo na Síria, anunciou, esta terça-feira, o Pentágono.
Corpo do artigo
Charaffe al Mouadan, de nacionalidade francesa, foi morto a 24 de dezembro na Síria, disse à imprensa o porta-voz militar da coligação liderada pelos Estados Unidos, o coronel Steve Warren.
Mouaddan tinha "ligações diretas" ao belga Abdelhamid Abaaoud, considerado o "cérebro" dos atentados de 13 de novembro em Paris, morto numa operação policial cinco dias depois, e "preparava ativamente outros ataques", disse.
O francês era também amigo de um dos homens que se fizeram explodir na sala de espetáculos Bataclan, Samy Amimour, e estava na Síria desde agosto de 2013.
Segundo o coronel Warren, a coligação internacional matou em dezembro outros 10 dirigentes do Estado Islâmico na Síria.
Charaffe al Mouadan nasceu a 15 de outubro de 1989 numa família marroquina de Bondy, subúrbio nordeste da capital francesa.
A família mudou-se depois para um bairro próximo, Drancy, onde passou a juventude e, em 2012, foi detido com dois amigos, Samy Amimour e Samir Bouabot, quando se preparavam para partir para o Iémen ou para o Afeganistão através da Somália.
Radicalizado através da internet, segundo fonte próxima do processo citada pela agência France Presse, Mouadan preparou a partida frequentando aulas de tiro em Paris.
Ainda em França, contraiu um crédito pessoal de 20 mil euros e comprou equipamento paramilitar, segundo outra fonte.
Formalmente acusado em França, foi-lhe imposta a apresentação regular obrigatória às autoridades, tendo sido nessa altura que partiu para a Síria.