O alto representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações, o ex-presidente Jorge Sampaio, expressou a profunda preocupação pelos violentos confrontos que teve lugar no Cairo, divulgou, esta quarta-feira, a organização em comunicado.
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O ex-presidente escreveu numa declaração em que gostaria de "transmitir às famílias das vítimas a sua solidariedade e simpatia. Esses confrontos não só feriram como afectaram a vida das pessoas e prejudicaram as esperanças de toda uma nação para uma vida com dignidade, liberdade e democracia".
Jorge Sampaio expressou ainda que "os responsáveis por esta violência inaceitável sejam levados à justiça", e que "na democracia todos os cidadãos são iguais, independente de sua religião e crenças, ou sua origem étnica".
"A 'Primavera árabe' foi feita por todos os egípcios de mãos dadas com os muçulmanos, coptas e todos os outros cristãos unidos a falar de respeito pelos seus direitos, liberdades, justiça, dignidade e desenvolvimento social", escreveu.
Jorge Sampaio afirmou ainda que "ninguém pode aceitar que a religião seja utilizada abusivamente por algumas vozes extremistas e aparecer como uma fonte de conflito e violência que mina a estabilidade, a segurança e a transição para a democracia".
O alto representante convidou os "líderes religiosos a abordar as raízes das tensões entre as comunidades diversas", e a "explorar mais a forma do papel construtivo das comunidades religiosas na construção da democracia, desenvolvimento humano e promoção da coesão social pode ser fortalecido e construído".
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, nomeou Jorge Sampaio como alto representante para a Aliança das Nações, que inscreve defender 'muitas culturas, uma humanidade'.