O diretor do jornal espanhol "El País" entregou, esta terça-feira, à Polícia Judiciária espanhola, os documentos alegadamente da autoria do antigo tesoureiro do Partido Popular, Luís Bárcenas, onde constam pagamentos regulares aos principais dirigentes do partido entre 1990 e 2008.
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Os documentos - que têm sido divulgados por aquele jornal diário - reúnem, alegadamente, a contabilidade escrita, na qual Bárcenas registou entradas e saídas de dinheiro do partido desde 1990 e 2008, com a exceção dos anos de 1994, 1995 e 1996.
O diretor do jornal, Javier Moreno, decidiu entregar os originais dos referidos documentos depois de ter consultado os serviços jurídicos da empresa jornalística e de ter obtido o acordo da equipa diretiva e de estar assegurado que a fonte que proporcionou os documentos permaneceria incógnita.
Os documentos foram entregues à Polícia Judiciária a pedido da Procuradoria Anti-Corrupção.
Recorde-se que Luís Bárcenas já negou ser a fonte dos documentos e mostrou-se disposto a apresentar "qualquer prova caligráfica ou poligráfica" que demonstre a "falsidade do publicado".
"O cadernos não existe. Nem existiu. E não é a minha letra", assegurou.
O "caso Bárcenas" partiu de documentos publicados pelo jornal El Pais, identificados como "os papéis secretos de (Luis) Bárcenas", o ex-tesoureiro do Partido Popular (PP).
No sábado, Mariano Rajoy assegurou, numa declaração sem direito a perguntas, que vai tornar públicas todas as suas declarações de rendimento e património para demonstrar que não tem "nada a esconder" e que "nunca" recebeu dinheiro "negro".
No domingo, o líder socialista espanhol, Alfredo Pérez Rubalcaba, pediu a Mariano Rajoy que se demita devido ao caso.