A ex-jornalista Marina Ovsyannikova, que interrompeu a transmissão de um canal de televisão estatal russo aparecendo com um cartaz contra a ofensiva na Ucrânia, fugiu do país com a filha, após ter sido colocada em prisão domiciliária, revelou esta segunda-feira o seu advogado.
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Segundo o jornal britânico "The Guardian", o advogado de defesa, Dmitry Zakhvatov, informou que Marina Ovsyannikova e a filha estão "sob proteção de um estado europeu". No entanto, não deu mais detalhes relativos à fuga.
Em março deste ano, após o início da guerra na Ucrânia, a jornalista protestou em direto no telejornal do canal de televisão Pervy Canal, com um cartaz em que apelava ao fim dos combates e pedia aos cidadãos russos para "não acreditarem na propaganda" da imprensa.
Канада внесла в санкционный список Екатерину Андрееву. pic.twitter.com/CUPlZgxc97
- Marina Ovsyannikova (@newslady19) July 8, 2022
Mais tarde, em julho, foi presa e acusada de divulgar notícias falsas sobre as forças armadas russas. "O que está a acontecer na Ucrânia é um crime e a Rússia é a agressora", defendeu. Entretanto, foi colocada em prisão domiciliária por um tribunal de Moscovo, com a proibição de utilizar qualquer meio de comunicação, e condenada ao pagamento de uma multa.
O anúncio do advogado surge duas semanas depois de a Rússia ter revelado estar à procura de Marina Ovsyannikova, alegando que a ex-jornalista teria violado os termos da prisão domiciliária.