Crime aconteceu à luz do dia, em Messina, na Sicília, e levou à morte de uma jovem mulher por parte de um homem com quem nunca teve sequer uma relação, mas que fazia "stalking" à vítima. Esta é a terceira mulher de 22 anos a ser morta, de um total de 11, que já foram assassinadas em Itália, em pouco mais de três meses
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As razões do assassínio brutal da estudante universitária italiana Sara Campanella, de 22 anos, ainda não foram reveladas, mas o contexto detalhado pela investigação e por pessoas próximas à vítima apontam para um agressor que fazia "stakling" à jovem mulher há cerca de dois anos.
O procurador de Messina, na Sicília, Stefano d’Amato, revelou esta quarta-feira que um dos amigos de Sara Campenella teve, em tempos, de intervir junto do agressor Stefano Argentino, alegadamente por este reclamar que a jovem não sorria pela ele. Por outro lado, as investidas persecutórias por parte do agressor nunca foram valorizadas pela vítima por não sentir que fossem particularmente “ameaçadoras ou patológicas”, refere o promotor do caso citado pela estação pública britânica.
Segundo a ordem de detenção policial, a investigação afirma que o agressor já “incomodava regularmente a vítima, pedindo-lhe para que saísse com ele e para que se conhecessem melhor, e recusando-se a recuar, mesmo quando ela o rejeitava”.
Stefano Argentino, de 27 anos e estudante universitário, já terá confessado o crime que ocorreu em espaço público, durante o dia, em plena cidade, mas não explicou porque matou, esfaqueando, Sara Campanella, que morreu a caminho do hospital não resistindo aos ferimentos graves. "Não posso dizer se está arrependido, ele é bastante fechado", afirmou, citado pela BBC News, o advogado do agressor, Raffaele Leone.
A brutalidade do caso está a impressionar Itália, país que, nos primeiros três meses deste ano, já viu serem assassinadas 11 mulheres.
E se há casos de homicídios perpetrados por ex-namorados - como sucedeu com Giulia Cecchettin, de 22 anos, ou com Llaria Sulla, também se 22 anos, cujo corpo foi encontrado numa mala do carro, em Roma, nesta quinta-feira, 3 de abril -, outros existem em que nem sequer uma relação chegou a existir: como aconteceu com Sara Campanella. "As mulheres continuam a ser mortas por aqueles que não aceitam a sua rejeição. Precisamos de fazer um esforço extraordinário, um ato coletivo de rebelião... contra esta cultura da morte", afirmou a ex-ministra e jurista Mara Carfagna, ex-ministra e legisladora.