Um palestiniano foi morto, esta segunda-feira, pelas forças israelitas em confrontos durante uma operação do exército na Cisjordânia ocupada.
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"Um cidadão foi baleado e morto no campo de refugiados de Dheisheh, em Belém", no sul da Cisjordânia, informou o ministério da Saúde palestiniano.
De acordo com o Clube dos Prisioneiros Palestinianos, uma organização civil de defesa dos detidos palestinianos presos em Israel, a vítima mortal é Omar Manaa, de 22 anos, e outras 14 pessoas foram detidas durante incursões noturnas na região ocupada pelas forças israelitas.
Por sua vez, e sem confirmar a morte, o exército israelita disse que as tropas abriram fogo durante uma operação contra supostos membros da Frente Popular de Libertação da Palestina (PFLP), uma organização considerada "terrorista" por Israel, Estados Unidos e União Europeia. "Durante a operação, os suspeitos atiraram pedras, bombas incendiárias e dispositivos explosivos contra as forças de segurança que responderam", informou o exército israelita em comunicado.
No norte da Cisjordânia, as forças israelitas também detiveram Yahya al-Saadi, "um alto funcionário da Jihad Islâmica suspeito de atividades terroristas", disse o exército.
Pelo menos 146 palestinianos e 26 israelitas foram mortos desde o início do ano na Cisjordânia, Israel e Jerusalém. Israel tomou o controlo da Cisjordânia na Guerra dos Seis Dias em 1967 e desde então mantém sobre o território uma das ocupações militares mais longas da história recente. Na segunda-feira, o enviado das Nações Unidas para a paz no Médio Oriente, Tor Wennesland, tinha alertado que a situação na Cisjordânia estava "a atingir um ponto de ebulição".
Segundo o Ministério da Saúde palestiniano, as incursões acontecem num contexto de alta tensão em Israel e na Cisjordânia, onde está ocorrer o ano mais violento desde 2006, com 160 palestinianos mortos em violentos confrontos, e do lado israelita, foram contabilizados 29 mortos, 21 dos quais civis.
As autoridades israelitas dizem ter detido cerca de três mil "suspeitos de terrorismo" palestinianos, frustrado mais de 500 ataques e apreendido cerca de 250 armas este ano.
Israel tomou o controlo da Cisjordânia na Guerra dos Seis Dias em 1967 e desde então mantém sobre o território uma das ocupações militares mais longas da história recente.
Na segunda-feira, o enviado das Nações Unidas para a paz no Médio Oriente, Tor Wennesland, tinha alertado que a situação na Cisjordânia estava "a atingir um ponto de ebulição".