Ao fim de uma semana de buscas, a Polícia italiana encontrou, no sábado, o corpo de uma jovem italiana numa ravina na zona de Friuli, em Veneza. O suspeito do homicídio é o ex-namorado, que foi detido em Leipzig, na Alemanha, no domingo. O caso, que está a comover Itália, mobilizou a classe política.
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O caso foi acompanhado durante sete dias pela comunicação social e a opinião pública italianas: dois jovens de 22 anos, ex-namorados, desapareceram no dia 11 de outubro. O corpo de Giulia Cecchetin foi encontrado numa ravina na zona de Friuli, no sábado, e Filippo Turetta, namorado da vítima, acabou detido no dia seguinte, por suspeitas de homicídio. No dia em que o ex-casal desapareceu, Filippo tinha sido filmado, por câmaras de videovigilância, a agredir a ex-namorada em frente a uma loja.
De acordo com a agência de notícias italiana ANSA, o suspeito foi detido na cidade de Leipzig, na Alemanha, e deverá ser extraditado para Itália para responder pelo homicídio da ex-namorada. O jovem, que arrisca pena de prisão perpétua, não ofereceu resistência no momento da detenção.
Os dois jovens estudaram ambos Engenharia Biomédica, na Universiadde de Pádua, onde se conheceram e iniciaram um relacionamento, terminado por Giulia.
Oposição faz apelo
A primeira-ministra italiana, Giorgia meloni, considerou a morte de Giulia "devastadora" e defendeu a investigação do caso. Por outro lado, a líder do Partido Democrático, Elly Schlein, apelou à chefe do executivo de extrema-direita para trabalhar em conjunto com a oposição na prevenção da violência de género.
O vice-presidente do Governo também reagiu à trágica morte, pedindo "desculpa às mulheres por aquilo que os homens fazem".