O juiz da Audiência Nacional espanhola Fernando Andreu enviou, esta terça-feira, para a prisão sem fiança dois dos quatro detidos na semana passada pelos atentados na Catalunha.
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Segundo o auto de prisão, o magistrado decidiu aplicar essa medida de coação a Mohammed Houli Chemlal, o presumível terrorista de 21 anos que ficou ferido na explosão da casa de Alcanar, a 16 de agosto, quando a célula preparava explosivos, e a Driss Oukabir, de 27 anos, que alugou a furgoneta usada para atropelar mais de uma centena de pessoas em Barcelona, a 17 de agosto.
Quanto a Salah El-Karib, de 34 anos e que gere um "call-center", o juiz prolongou a sua detenção por mais 72 horas, para que se esclareça a sua participação nos factos com a realização de mais diligências.
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Finalmente, o magistrado deixou em liberdade condicional Mohamed Allaa, de 27 anos, detido em Ripoll e irmão de Sadi Aallaa - abatido a tiro pela polícia catalã na estância balnear de Cambrils, onde ocorreu o segundo atentado, na madrugada de 18 de agosto -, "já que os indícios existentes sobre a sua presumível colaboração com o grupo investigado não são suficientemente sólidos", lê-se no documento citado pela agência de notícias espanhola Efe.
Os quatro homens vão ser julgados por "pertença a uma organização terrorista, homicídios terroristas e posse de explosivos", precisou a mesma fonte, citada pela agência noticiosa francesa AFP.
A Espanha foi alvo de dois ataques terroristas na região da Catalunha, em Barcelona, na quinta-feira, e em Cambrils, na madrugada de sexta-feira, com a utilização de viaturas que atropelaram pessoas indiscriminadamente. No total estes ataques fizeram 15 vitimas mortais.