Risco inaceitável. Este foi o argumento utilizado por um juiz australiano, de Sidney, quando decidiu proibir uma mãe de amamentar um bebé de 11 meses por causa de uma tatuagem feita há quatro semanas.
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A decisão foi tomada apesar das análises ao VIH e Hepatite terem dada negativo.
O magistrado alegou que as provas clínicas não eram suficientes, causando a indignação da comunidade.
A Associação de Tatuadores Profissionais da Austrália lembrou que "nunca se conheceu nenhum caso de transmissão de VIH através de uma tatuagem".
A Associação Australiana de Lactancia Materna, por seu lado, está muito preocupada com este precedente. A sua presidente, Rebecca Naylor ainda lembrou que as empresas de tatuagens estão devidamente regulamentadas no país e que o risco de uma infeção é muito baixo. Portanto, "a não ser que haja alguma evidência que tenha contraído uma infeção, esta decisão não é razoavel".
A decisão do juiz surge no contexto de uma disputa entre os pais da criança, ambos com um passado marcado pelo consumo de estupefacientes.
De qualquer modo, na altura da sentença, nenhum deles deu positivo nos testes anti-droga.