O juiz Pablo Ruz, que investiga o suposto financiamento ilegal do PP espanhol, deu cinco dias ao partido para colocar à sua disposição os dois computadores portáteis que o ex-tesoureiro Luis Bárcenas utilizava.
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O objetivo do magistrado da Audiência Nacional é verificar se os arquivos referentes à contabilidade paralela que o antigo gerente popular lhe entregou são ou não copias originais.
Entretanto, Ruz chamou também a declarar como testemunhas as secretárias do PP que trabalharam com os anteriores tesoureiros, Álvaro Lapuerta e Luis Bárcenas, o que deverá acontecer no próximo dia 10 de setembro.
Os depoimentos seguem-se às declarações recolhidas esta semana aos ex-secretários gerais do partido, Francisco Alvarez Cascos, Javier Arenas e à atual número dois do Partido Popular, Maria Dolores de Cospedal. Todos garantiram desconhecer a existência de uma contabilidade oculta na formação conservadora, embora tenham reconhecido que houve algum descontrolo no sistema de doações privadas feitas ao partido.
Quanto ao advogado de Luis Bárcenas, que se encontra há quase dois meses na prisão de Soto del Real, afirmou ontem que o seu cliente não se sente abandonado pelo PP e negou que este tenha ficado incomodado com as declarações feitas pelos três dirigentes perante o juiz Pablo Ruz. O responsável recusou-se, no entanto, a confirmar a existência da gravação de uma conversa entre Bárcenas e Javier Arenas ocorrida em dezembro do ano passado, que poderia incriminar o antigo líder do PP na Andaluzia.