A Procuradoria-Geral da Bielorrússia pediu 12 anos de cadeia para o ativista bielorrusso e Prémio Nobel da Paz Ales Bialiatski no âmbito de um processo contra a organização Viasna, da qual foi fundador.
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Os procuradores também pediram que o seu adjunto, Valiantsin Stefanovich, e o coordenador da campanha a favor de eleições livres, Vladimir Labkovich, sejam condenados a 11 e nove anos de prisão, respetivamente.
Pediram ainda 10 anos de cadeia para Dimitri Soloviov, que foi forçado a deixar a Bielorrússia e está a ser julgado à revelia.
Bialiatski está preso desde julho de 2021, embora o julgamento contra a ONG que lidera, e que promove defesa de Direitos Humanos, tenha começado apenas em 5 de janeiro, num processo em que todos os réus são acusados de evasão fiscal.
O Ministério Público considera que os réus "agiram como parte de um grupo organizado", entre 4 de abril de 2016 e 14 de julho de 2021.
Bialiatski - que passou três anos na cadeia entre 2011 e 2014 e foi preso novamente no âmbito dos protestos de 2020 contra o Governo do presidente Alexander Lukashenko - recebeu o Prémio Nobel da Paz em 7 de outubro, tornando-se a quarta pessoa encarcerada a ser reconhecida com este galardão.