Justiça chilena não vê crime na divulgação de imagens da princesa Leonor em centro comercial
O mês passado, a Casa Real espanhola avançou com uma ação judicial contra os responsáveis que venderam fotografias da princesa Leonor. Em causa estão imagens captadas por câmaras de segurança num centro comercial do Chile, que terão sido vendidas a um jornal local, e que o Ministério Público não considera crime.
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Em missão internacional a bordo do navio-escola Juan Sebastián Elcano, a herdeira ao trono espanhol tem despertado atenções por onde passa. No Uruguai, a princesa Leonor, de 19 anos, foi fotografada em biquíni, e no Chile, imagens de uma ida a uma centro comercial foram divulgadas por um jornal local.
Perante a intromissão na privacidade da filha mais velha dos reis Felipe VI e Letizia, a 22 de março, o Palácio da Zarzuela avançou com uma ação judicial contra os responsáveis que venderam imagens captadas por câmaras de segurança num centro comercial de Punta Arenas, no extremo sul do Chile.
A ação foi efetuada por meio da embaixada espanhola no país e a agência EFE acrescentou ainda que o Palácio considerou o caso “inadmissível”, sustentando que “não vale tudo”, e que foram violadas "normas vigentes".
Em resposta, o Ministério Público chileno solicitou "uma audiência para arquivamento definitivo do processo aberto pela fuga de imagens da princesa Leonor". Segundo o jornal "La Prensa Austral", foi determinado que os atos não configuram crime por as imagens terem sido captadas em espaço público.
Além disso, embora seja crime na Espanha, não o é aos olhos da lei chilena. Embora admita que seja uma "conduta inaceitável", o Ministério Público sul-americano solicitou a resolução definitiva do caso, como acrescentou agência EFE, adiantando que, em maio, "o tribunal provavelmente definirá uma data para a audiência, na qual serão divulgados os fundamentos do caso".