Os três extremistas que esta sexta-feira morreram, na sequência da ação policial para os capturar, bem como a companheira de um deles, conheciam-se e tinham contacto regular.
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No passado dos extremistas há mais uma coisa em comum: todos passaram pelas mãos da justiça francesa.
O nome de Amedy Coulibaly, de 32 anos, era conhecido das autoridades. Ontem, tornou-se um dos suspeitos de matar uma mulher-polícia no sul de Paris, no dia anterior. A Polícia divulgou o seu retrato, em conjunto com o da sua companheira, Hayat Boumeddiene, de 26 anos.
O homem foi depois também identificado como sendo o autor do sequestro no supermercado parisiense e os detalhes sobre as suas ligações aos Kouachi foram divulgados na Imprensa. Declarou-se combatente do Estado Islâmico e era "muito próximo de Chérif", segundo a Imprensa francesa.
Coulibaly tinha sido condenado pelo plano de evasão de um outro presumível jiadista, Smaïn Ait Ali Belkacem, em 2010, um caso no âmbito do qual Chérif Kouachi também tinha sido detido, embora depois libertado. Amedy Coulibaly foi condenado, em 2013, a cinco anos de prisão efetiva. Já tinha cumprido três e saiu da cadeia em março de 2014, com pulseira eletrónica. Em maio ficou em liberdade.
A justiça tentou acusar Saïd Kouachi no mesmo caso, mas não conseguiu reunir provas suficientes.
Antes disso, chegou a integrar um grupo de operários que foi recebido por Sarkozy.
Amedy Coulibaly fez parte da mesma fileira jiadista a que pertenciam os irmãos Kouachi, a célula "Buttes-Chaumont", que recrutava combatentes para a Síria e o Iraque. Caíram, no início dos anos 2000, sob a influência do imã Farid Benyettou.
Hayat Boumeddiene, de 26 anos, foi também ouvida na altura, durante o julgamento. Continua a monte.
Saïd, de 34 anos, recebeu treino em instalações da organização terrorista al-Qaeda no Iémen. Os dois disseram, ontem, pertencer a esta organização.