Os serviços militares de informação ucranianos negam qualquer envolvimento no ataque com drones ao Kremlin e apontaram a oposição russa ou fações internas ligadas ao poder como possíveis implicados no suposto atentado.
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"Há uma posição oficial da Ucrânia e dos dirigentes ucranianos: não estamos implicados e não necessitamos de algo parecido", declarou o porta-voz dos serviços militares de informação ucranianos, Andriy Yusov.
A Rússia atribuiu um ataque com drones (aeronaves não tripuladas) contra a sede da Presidência russa, em Moscovo, na terça-feira passada, às forças ucranianas com o apoio dos Estados Unidos.
O porta-voz ucraniano declarou que a Ucrânia centra todas as suas ações na "desocupação" dos territórios invadidos pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Andriy Yusov sugeriu a possibilidade do ataque ter sido lançado por forças de resistência ao presidente russo, Vladimir Putin, dentro do país, ou ainda fações que disputam o poder dentro do próprio Kremlin.
Ao mesmo tempo, não descartou a possibilidade do ataque ter sido uma manobra de distração orquestrada por Putin.
O porta-voz fez estas declarações numa entrevista à imprensa ucraniana, citada esta terça-feira pelos serviços militares de informação ucranianos na rede social Telegram.