A Ucrânia reivindicou hoje ter destruído um avião de caça russo Su-34 e um depósito de armas, no dia em que Kiev anunciou igualmente a detenção de nove ucranianos acusados de atuarem como espiões para a Rússia.
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Um total de nove ucranianos que alegadamente atuavam como espiões para a Rússia foram detidos hoje na sequência de uma operação do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) contra uma rede de espionagem ativa em grande parte do território do país.
Em comunicado, o SBU informou que os alegados espiões foram detidos simultaneamente numa operação realizada nas cidades de Dnipro, Zaporijia e Sumi e nas regiões de Donetsk, Odessa e Kirovohrad.
Duas mulheres são membros da rede, uma funcionária da Câmara Municipal de Dnipro e outra com responsabilidades na Câmara Municipal de Yuzhne, especificaram os serviços de segurança, que informaram que os suspeitos realizavam tarefas como localizar locais de defesas antiaéreas do exército ucraniano na frente leste.
Os detidos enfrentam agora uma acusação de traição que poderá ser punida com prisão perpétua e confisco de bens.
Entretanto, o Serviço de Informações Militares da Ucrânia informou também hoje que um caça russo Su-34 e um depósito de armas foram destruídos num ataque ocorrido no sábado. O ataque foi reivindicado por Kiev e visou um aeródromo russo de Morozovsk, na região de Rostov.
Dois outros aviões russos do mesmo tipo ficaram "provavelmente danificados", segundo as autoridades militares ucranianas, que acrescentaram que "o depósito de armas de aviação foi completamente destruído".
Quatro edifícios técnicos e dois hangares da base aérea, localizados a 265 quilómetros da linha da frente, também sofreram danos visíveis, segundo o Estado-Maior da Ucrânia.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).