Ucranianos reportaram dez mortes na capital, esta terça-feira. Já russos culpam inimigos por ataque mortal em Donetsk.
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Com os olhos do Mundo no Médio Oriente e com conversações paralisadas, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia continua sem uma pausa à vista. Um novo bombardeamento russo em Kiev provocou uma dezena de mortos, enquanto Moscovo denunciou que civis morreram num ataque aéreo ucraniano na região ocupada de Donetsk.
O ataque russo à capital ucraniana, na madrugada desta terça-feira, resultou em dez mortos e 124 feridos, segundo as autoridades de Kiev. O presidente Volodymyr Zelensky disse que foram contabilizados 440 drones e 32 mísseis russos em todo o país.
“Foi provavelmente a noite mais infernal da minha memória para o nosso bairro”, contou a estudante Alina Shtompel à agência France-Presse. “É indescritivelmente doloroso que o nosso povo esteja a passar por isto agora”, completou.
Em Donetsk, na região homónima parcialmente ocupada, mas reivindicada na íntegra por Moscovo, as autoridades acusaram os ucranianos de atacarem uma área rural, provocando “várias” mortes e deixando dez feridos, noticiou a agência russa TASS.
O Ministério da Defesa russo informou que os sistemas intercetaram 147 drones ucranianos até ao início da manhã desta terça-feira. Os equipamentos atribuídos à Ucrânia foram registados em dez regiões russas, incluindo Moscovo.
A troca de agressões continua após a conclusão da entrega de seis mil corpos de combatentes ucranianos pela Rússia, acordada na segunda ronda de negociações diretas, em Istambul. As autoridades russas afirmam que receberam 78 cadáveres. O futuro das conversações continua num limbo, sem uma data prevista para um eventual novo encontro.
Desencontro no Canadá
Zelensky aterrou no Canadá, no segundo e último dia da cimeira do G7, mas não conseguiu reunir-se com Donald Trump, que deixou o evento mais cedo. Zelensky afirmara, na segunda-feira, que queria discutir a compra de armamento com os EUA. Na prática, conseguiu 1,28 mil milhões de euros em apoio militar de Otava e novas sanções de Londres contra a Rússia.