O exército ucraniano anunciou, esta quinta-feira, por erro a retirada russa de uma cidade na outra margem do rio Dniepre, na zona de Kherson, poucas horas depois do presidente ucraniano ter visitado esta linha da frente no sul da Ucrânia.
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Volodymyr Zelensky visitou, esta quinta-feira, a região de Kherson, parcialmente ocupada pela Rússia, um dia após a viagem que realizou a Bakhmut, na região leste do país. Zelensky deslocou-se a Possad-Pokrovské, uma localidade que foi destruída e esteve nas mãos do exército russo até à sua retirada no outono de 2022. O presidente ucraniano também visitou uma central elétrica atingida durante os ataques contra instalações de energia ucranianas durante o inverno.
A região de Kherson permanece parcialmente ocupada pela Rússia, cuja anexação reivindicou em setembro de 2022.
Algumas horas após a deslocação de Zelensky, o Ministério da Defesa ucraniano anunciou que as forças russas se tinham retirado na quarta-feira das suas posições em Nova Kakhovka, uma cidade de 45 mil habitantes antes da guerra e situada a leste de Kherson e nas proximidades da barragem hidroelétrica de Kakhovka, que os russos controlaram no início da sua ofensiva contra a Ucrânia em fevereiro de 2022.
Momentos depois, a informação seria desmentida pelo Estado-maior ucraniano. "Os ocupantes encontram-se ainda temporariamente em Nova Kakhovka. A informação sobre a suposta retirada desta localidade foi divulgada na sequência de uma utilização incorreta dos dados disponíveis", indicou a mesma fonte.
A informação sobre a retirada também seria imediatamente desmentida pelas autoridades locais russófonas. "Declaro oficialmente que todo o pessoal militar russo em Nova Kakhovka e ainda em outros locais na margem esquerda do Dniepre permanece nas suas posições", indicou Vladimir Saldo, um responsável local pró-russo, na plataforma Telegram.