Dois aviões norte-americanos aterraram, esta sexta-feira, na Ucrânia com mais um carregamento de armas destinadas a fortalecer a capacidade defensiva do país face a uma eventual agressão da Rússia.
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"Mais 'dois passarinhos' com ajuda militar dos nossos aliados norte-americanos em Kiev. Foguetes antitanque (fabrico norte-americano) Javelin, lança-granadas e munições para as Forças Armadas da Ucrânia", escreveu o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, na sua conta na rede social Facebook, anunciando desta forma a chegada dos dois aviões.
De acordo com o ministro da Defesa da Ucrânia, os dois aparelhos enviados pelos Estados Unidos transportaram 130 toneladas de material bélico.
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A ajuda militar norte-americana cresceu consideravelmente nos últimos meses, após o intensificar das tensões entre a Ucrânia e a Rússia que concentra mais de 100 mil soldados perto da fronteira ucraniana.
Entretanto já começaram os exercícios militares russos-bielorrussos, designados como "Determinação Aliada-2022", na Bielorrússia, e as manobras navais da Armada russa no Mar Negro.
A Ucrânia respondeu com o início das manobras "Zamelti-2022" ("Tempestade de Neve").
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Oleksii Reznikov disse ainda que durante as manobras ucranianas, os militares vão operar os foguetes Javelin que receberam dos EUA, os mísseis antitanque NLAW de fabrico britânico e os aparelhos aéreos não tripulados (drones) fornecidos pela Turquia.
As manobras ucranianas vão decorrer nas zonas de Rovno, Kovel, Ovreuch, Chernigov, Chuguyev, Sumy, Odessa, Nikolayev e Jerson.
Numa altura em que a Ucrânia e os aliados ocidentais pedem para a Rússia retirar o contingente militar mobilizado junto da fronteira do país vizinho como primeiro passo para desanuviar a atual crise, Moscovo exige o fim do fornecimento a Kiev de armas norte-americanas, do Reino Unido e de outros países europeus.
A Ucrânia e os seus aliados ocidentais acusam a Rússia de ter concentrado dezenas de milhares de tropas na fronteira ucraniana para invadir novamente o país, depois de lhe ter anexado a península da Crimeia em 2014.
A Rússia nega qualquer intenção bélica, mas condiciona o desanuviamento da crise a exigências que diz serem necessárias para garantir a sua segurança, incluindo garantias de que a Ucrânia nunca fará parte da NATO.