O Kremlin rejeitou, esta sexta-feira, que a investigação russa sobre a queda de avião que matou o chefe do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, seja demasiado lenta, apesar de não ter havido qualquer atualização sobre as causas do acidente em mais de três semanas.
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Os países ocidentais levantaram suspeitas e apontaram responsabilidades ao Kremlin quando o avião de Yevgeny Prigozhin se despenhou, entre Moscovo e São Petersburgo, a 23 de agosto, exatamente dois meses depois de ter liderado um motim na Rússia.
Noutros incidentes aéreos - como uma aterragem de emergência na Sibéria esta semana - os investigadores russos publicaram prontamente as possíveis causas.
Questionado sobre se Moscovo considerava a investigação do acidente de Prigozhin demasiado lenta, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse: "Não, não penso isso".
"Não se trata de uma simples investigação, nem de um simples incidente", acrescentou.
"A investigação está em curso e é por isso que seria absolutamente prematuro fazer qualquer tipo de comentário", disse ainda.
Após o acidente, Vladimir Putin descreveu Prigozhin como um homem que tinha cometido "erros graves na sua vida, mas que alcançou os resultados correctos".
A Rússia tem um historial de mortes misteriosas de opositores do Kremlin durante o regime de Putin.