Volodymyr Zelensky discursou perante os representantes das 20 economias mais fortes do Mundo. À distância, por videoconferência, o presidente ucraniano disse que era tempo de acabar com "a guerra destrutiva da Rússia" e apresentou os dez pontos da "fórmula ucraniana para a paz".
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Além da retirada das tropas russas e do respeito pela integridade territorial da Ucrânia, dois pontos há muito referenciados como fulcrais pelo presidente ucraniano: o plano de Zelensky prevê garantias de segurança nuclear, energética e alimentar, e a criação de um tribunal especial sobre crimes de guerra. Inclui também a libertação de prisioneiros e deportados, proteção ambiental, prevenção de escalada e confirmação do fim da guerra.
Propostas irrealistas
"O processo de resolução do conflito está a ser atrasado pela Ucrânia", disse o chefe da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov, em reação às propostas de Zelensky. "Todos os problemas vêm do lado ucraniano, que se recusa categoricamente a negociar e faz exigências irrealistas", acrescentou aos jornalistas, na ilha indonésia de Bali, onde participa na cimeira do G20.
Lavrov disse que transmitiu essa posição ao presidente francês, Emmanuel Macron, e ao chanceler alemão, Olaf Scholz. O líder germânico ouvi u e disse que a Rússia terá de aceitar, mais cedo ou mais tarde, que a retirada das suas tropas da Ucrânia é a única saída para o conflito, enquanto o gaulês exortou a China a chamar Putin às negociações.