Benjamin Netanyahu agradeceu apoio de Donald Trump e vai reunir-se com Conselho de Segurança para definir futuro da trégua na Faixa de Gaza.
Corpo do artigo
A conclusão da sexta troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos, sábado de manhã, no âmbito do acordo de trégua entre o Hamas e Israel, não trouxe a certeza da permanência do cessar-fogo. O ultimato lançado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, de que todos os cativos com o grupo islamita deveriam ser libertados, ensombrou a continuidade da pausa no conflito na Faixa de Gaza.
Com a notícia da libertação dos três reféns israelitas, Trump publicou na própria plataforma social, a Truth, que “Israel terá agora de decidir o que fará em relação ao prazo final do meio-dia, hoje [10 horas da manhã de ontem em Portugal Continental], imposto para a libertação de todos os reféns”. “Os EUA vão apoiar a decisão que tomarem!”, escreveu o líder da Casa Branca.
Uma tarde inteira de espera culminou com o gabinete do primeiro-ministro israelita a informar que convocará o Conselho de Segurança “o mais rapidamente possível”. Benjamin Netanyahu agradeceu ainda a Trump pelo “total apoio às decisões de Israel em relação à Faixa de Gaza em desenvolvimentos futuros”. “A posição firme do presidente Trump levou à libertação de três dos nossos reféns hoje [ontem], apesar de o Hamas se ter recusado anteriormente a libertá-los”, completou.
O Canal 12 de Israel noticiou que o chefe de Governo hebraico quer antecipar as libertações de mais seis reféns, planeadas para os próximos dois sábados. Além disso, a estação televisiva reporta o desejo de Netanyahu de estender a primeira fase do acordo, iniciado a 19 de janeiro e previsto para acabar a 1 de março, garantindo que mais israelitas sejam devolvidos à liberdade nessa etapa inicial.
Cativo conhece a filha
O israelo-americano Sagui Dekel-Chen - que pôde conhecer a filha Shasar, nascida enquanto estava no cativeiro -, o israelo-russo Sasha Trupanov e o israelo-argentino Yair Horn foram libertados em Khan Younis e transportados pela Cruz Vermelha. Um total de 369 palestinianos deixaram as prisões israelitas e foram recebidos com júbilo em Gaza e na Cisjordânia.