<b> </b>Os dois portugueses que ainda estavam sequestrados em Moçambique foram libertados este sábado, disse o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário. <b></b>
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O homem havia sido sequestrado há duas semanas e a mulher, uma gestora financeira de 40 anos, na passada terça-feira.
O cônsul de Portugal em Maputo, Gonçalo Teles Gomes, disse, à agência Lusa, que os dois portugueses foram libertados durante a noite pelos raptores e que "estão bem".
Segundo o cônsul, os dois portugueses estão a receber apoio psicológico e não querem ser identificados nem que sejam divulgados os nomes das empresas onde trabalham.
Na quinta-feira, já tinha sido libertado um jovem luso-moçambicano de 17 anos, filho de um empresário do ramo da restauração. Segundo o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, o rapaz não foi molestado e encontra-se bem.
José Cesário disse ainda, ao JN, ter "esperança" de que haja "ações concretas" por parte das autoridades moçambicanas para ultrapassar o clima de instabilidade em que o país está mergulhado.
Embora ainda não tenha sido feito um pedido formal de ajuda, continuam as reuniões entre as autoridades dos dois países para estudar a melhor forma de combater a onda de raptos.
O eurodeputado português Nuno Melo (CDS-PP) questionou ontem a Comissão e o Conselho europeus e a Alta Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança sobre "a intervenção até ao momento exercida junto ao Estado moçambicano, bem como dos representantes políticos da Renamo e da Frelimo, com vista à localização e libertação dos cidadãos portugueses e ao retorno à paz e à normalidade democrática".
Ontem, dia de greve da função pública, o Sindicato dos Trabalhadores Consulares e das Missões Diplomáticas disse à Lusa que o consulado português em Maputo esteva fechado e que a embaixada funcionou "a 50%".
Contactado pelo JN, fonte do MNE não quis comentar os números do sindicato, mas garantiu que o consulado português em Maputo "esteve de portas abertas".
Quanto à saída portugueses de Moçambique na sequência dos raptos, vários cidadãos lusos contactados pelo JN negam que haja uma debandada. Dizem apenas que algumas pessoas possam ter antecipado as férias de Natal.
* COM AGÊNCIA LUSA