
Salwan Momika foi assassinado na quarta-feira à noite, na Suécia
Foto: Jonas Ekstromer / TT News Agency / AFP
As cinco pessoas detidas após o assassinato na Suécia na quarta-feira à noite de Salwan Momika, que provocou manifestações em países muçulmanos ao profanar publicamente exemplares do livro sagrado do Islamismo (Corão) em 2023, foram libertadas, segundo foi divulgado esta sexta-feira.
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“As suspeitas enfraqueceram e já não vejo qualquer razão para manter estas pessoas detidas”, referiu o procurador Rasmus Oman, em comunicado, especificando que as suspeitas não tinham sido completamente afastadas e que a investigação continuava.
As cinco pessoas foram detidas poucas horas após a morte a tiro de Salwan Momika, um refugiado iraquiano de 38 anos que professava a fé cristã.
Momika foi morto num bairro de Sodertälje, localizado a 40 quilómetros a sudoeste de Estocolmo, enquanto fazia uma transmissão em direto nas redes sociais, tendo o seu homicídio sido filmado.
“Estava perfeitamente consciente de que pairava sobre ele uma ameaça em grande escala. Tinha a cabeça a prémio, como ele próprio disse”, declarou a advogada Anna Roth à agência noticiosa sueca TT na quinta-feira.
As relações entre a Suécia e vários países do Médio Oriente deterioraram-se no verão de 2023 devido aos atos de profanação do Corão cometidos por Salwan Momika e pelo seu acólito Salwan Najem.
No final de junho de 2023, Momika pisou um exemplar do Corão e queimou várias páginas em frente à maior mesquita de Estocolmo.
Momika profanou o Corão em pelo menos quatro ocasiões e foi julgado juntamente com Najem por “agitação contra um grupo étnico”.
O julgamento dos dois homens, que deveria ter lugar na quinta-feira, foi adiado.
