Os líderes do G8 deixaram, este sábado, uma mensagem de esperança e desejo de que a Grécia permaneça na zona euro, tendo pedido também a consolidação de uma Europa "forte e unida".
Corpo do artigo
A mensagem, a incluir no comunicado final da reunião, foi anunciada pelo Presidente francês, François Hollande, em conferência de imprensa dada em Camp David, onde este sábado termina o encontro de dois dias do G8.
"Não há confiança sem crescimento, e não há crescimento sem confiança", sublinhou o francês.
Antes, no começo do dia, o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, estimulou os líderes do G8 a implementar medidas de crescimento económico que potenciem o desenvolvimento dos Estados e a criação de emprego.
"Todos estamos comprometidos em assegurar que quer crescimento, estabilidade e consolidação orçamental fazem parte de um pacote global que todos temos de perseguir para atingir a prosperidade que todos queremos", declarou o Presidente norte-americano.
Na sexta-feira, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, havia também voltado a apelar à aplicação de medidas de crescimento na Europa, lembrando diversas propostas já apresentadas por Bruxelas nesse sentido e que estão agora "em cima da mesa".
"A consolidação orçamental é necessária, indispensável. Países que têm altíssimas dívidas têm que fazer tudo para reduzir despesas públicas excessivas, mas, ao mesmo tempo, isso não chega. É preciso prosseguir reformas estruturais para reforçar a competitividade e também algum investimento. É aqui que espero que os Estados-membros estejam mais abertos do que estavam há algum tempo atrás", disse Barroso à agência Lusa em Camp David.
"Estamos determinados a tomar todas as medidas necessárias para reforçar e revitalizar as nossas economias", diz o comunicado final do G8.
No texto é também assinalado que as ações de promoção do crescimento e emprego "não podem ser as mesmas para todos", dadas as especificidades de cada Estado.
Os líderes do G8 - Estados Unidos da América, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia - terminam hoje nos Estados Unidos uma reunião centrada na atual crise económica, mas também com apontamentos de agenda sobre a evolução política, ambiente e segurança alimentar.