Os delegados permanentes junto da Liga Árabe acusaram, esta terça-feira, o regime sírio de ser responsável pelo ataque nos arredores de Damasco, a 21 de agosto, alegadamente com armas químicas.
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Após uma reunião extraordinária no Cairo, os representantes dos países árabes denunciaram "um crime horrível com armas químicas interditas internacionalmente" e atribuíram "a responsabilidade total" ao regime sírio.
Os países da Liga Árabe pediram também que os autores, "criminosos de guerra", compareçam perante a justiça internacional.
Da reunião saiu ainda um apelo ao Conselho de Segurança ONU para "que sejam ultrapassadas as divisões" para pôr fim ao "genocídio praticado pelo regime sírio ao longo de dois anos".
A Argélia e o Iraque abstiveram-se e o Líbano votou contra esta decisão da organização, que suspendeu a Síria em finais de 2011 e atribuiu o lugar do país à oposição.
A 3 de setembro, os ministros dos Negócios Estrangeiros árabes devem voltar a discutir este assunto.
Na Arábia Saudita, o príncipe Saud al-Faisal, ministro dos Negócios Estrangeiros, pediu uma ação "firme e séria" contra o regime sírio.
"A situação recomenda uma atitude firme e séria para pôr fim à tragédia humana do povo sírio", declarou o responsável saudita, acrescentando que o regime de Bashar al-Assad "perdeu a sua identidade árabe".