Os serviços de emergência italianos localizaram, esta sexta-feira, os corpos sem vida das últimas vítimas mortais que estavam desaparecidas na explosão de terça-feira numa central hidroelétrica no Lago Suviana, perto de Bolonha (norte), elevando para sete o total de mortes.
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Mais de uma centena de pessoas trabalhavam na zona há vários dias para localizar todas as vítimas, depois de se ter reconhecido, nas primeiras horas, ser impossível que os desaparecidos tivessem sobrevivido.
Os últimos cadáveres acabaram por ser encontrados nos níveis subterrâneos abaixo do nível da água.
A prefeitura de Bolonha confirmou na quinta-feira que o último dos corpos tinha sido encontrado, informa a agência AdnKronos, indicação que, afinal, estava incorreta.
Os sindicatos convocaram manifestações em toda a Itália para exigir melhores condições de trabalho na sequência de um dos piores acidentes da história recente.
No final de 2021, a Itália tinha 4.646 centrais hidroelétricas, situadas na maioria no norte do país. No final daquele ano, estas centrais representavam mais de 14% do consumo italiano e 39% da produção de fontes renováveis.
A Enel Green Power, que gere a central de Bargi, confirmou que o incidente coincidiu com uma série de testes a um grupo de turbinas.
A empresa criou um fundo de dois milhões de euros para permitir que as pessoas afetadas e respetivas famílias possam cobrir necessidades básicas e emergências.
Um inquérito da procuradoria de Bolonha está em curso e vai examinar, entre outros aspetos, a cadeia de subcontratação, indicou o procurador de Bolonha, Giuseppe Amato, à imprensa local.