Lukashenko exclui possibilidade de união da Rússia e da Bielorrússia num futuro próximo

O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, com o seu homólogo russo, Vladimir Putin
Foto: Maxim Shemetov / POOL / AFP
O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, excluiu, esta sexta-feira, a possibilidade de uma anexação do país ao território russo num futuro próximo e sublinhou a importância do Estado da União, a entidade supranacional que Moscovo e Minsk formaram em 1999.
“Toda a gente aborda as coisas de uma forma antiquada, tanto na Rússia como na Bielorrússia. Relativamente à questão do Estado da União, perguntam-se quando é que a Bielorrússia se tornará parte da Rússia. Não parece que isso vá acontecer tão cedo”, afirmou o chefe de Estado bielorrusso numa conferência de imprensa.
Nesse sentido, Lukashenko sustentou que, “abrir esta porta agora”, pode “estragar tudo” e recordou que a unificação dos dois territórios – que é o principal objetivo desta entidade supranacional – poderia ter tido lugar durante a Presidência de Boris Ieltsin.
“Perdemos a oportunidade de o fazer, quando podia ter sido feito. Chegámos a um acordo, mas não assinámos um tratado. Só mais tarde é que [Vladimir] Putin e eu o fizemos”, afirmou, explicando que estas decisões e as que foram tomadas posteriormente se basearam em vários referendos em que a população “pôde exprimir a opinião” sobre o assunto.
A união da Rússia e da Bielorrússia foi criada a 2 de abril de 1996 com o nome de Comunidade da Rússia e Bielorrússia. Posteriormente, a 3 de abril de 1997, o nome mudou para a designação atual. A união fortaleceu-se a 25 de dezembro de 1998, graças à assinatura de vários acordos bilaterais visando favorecer uma maior integração política, económica e social.
