Macron quer "avançar rapidamente" com Brexit após eleições britânicas de quinta-feira
O presidente francês, Emmanuel Macron, expressou esta terça-feira a vontade de "avançar rapidamente" no processo do Brexit, logo que sejam conhecidos os resultados das eleições legislativas no Reino Unido, esperados durante a cimeira europeia de quinta e sexta-feira.
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"Será necessário avançar rapidamente depois" destas eleições britânicas, que se realizam quinta-feira e cujos resultados deverão ser conhecidos mais tardar na sexta-feira, disse o Presidente francês num almoço no palácio presidencial do Eliseu com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
Os 27 líderes europeus devem debater a saída do Reino Unido da União Europeia ('Brexit') na sexta-feira, um dia após as eleições legislativas antecipadas, uma "coincidência do calendário", segundo o ex-primeiro-ministro belga.
"Em qualquer caso, será muito importante preservar o método seguido até agora, ou seja, a unidade dos 27, a condução única das negociações de Michel Barnier, o rigor na defesa dos nossos interesses sem ceder à pressão e respeitar, com o Reino Unido condições de concorrência equitativas", afirmou Macron.
Charles Michel, por seu lado, salientou a importância de construir "uma relação estreita com o Reino Unido, que é um parceiro extremamente importante para a União Europeia [UE]".
Na ausência do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, os 27 líderes europeus vão debater na sexta-feira as suas prioridades nas próximas negociações sobre a futura relação com Londres, em particular comercial.
Sobre o futuro orçamento da UE, outra prioridade da cimeira, Charles Michel pediu aos líderes que "não repitam as posições fixas" e "avancem para aproximar os pontos de vista".
"Precisamos de mais debates políticos" no Conselho Europeu, "sem tabus", pediu também Emmanuel Macron.
Esse futuro orçamento deve conciliar a perda financeira associada à saída do contribuinte Reino Unido e as novas prioridades (clima, segurança, defesa), além das históricas políticas da União, a agricultura e a coesão.