Atiradores que causaram a morte de 137 pessoas, na passada sexta-feira, em Moscovo, fazem parte de braço armado que estaria a planear ataque na Europa há vários meses.
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O presidente de França, Emmanuel Macron, admitiu, esta segunda-feira, ter informações de que os suspeitos do massacre em Moscovo, na Rússia, fazem parte de um braço armado do Estado Islâmico (EI) que, nos últimos meses, tentou atacar o país por diversas vezes.
O chefe de Estado, que se encontra numa visita à Guiana-Francesa, explicou que os serviços de inteligência do país têm informações que comprovam o envolvimento do EI no ataque que tirou a vida a 137 pessoas, na passada sexta-feira, na capital russa, acrescentando que o mesmo grupo realizou “várias tentativas no solo francês”.
Mesmo depois de o EI ter reivindicado o ataque, a Rússia continua a não ligar o atentando ao grupo, com o presidente Vladimir Putin a apontar as culpas para o lado ucraniano. Assim, o presidente francês aproveitou para avisar que “seria cínico e contraproducente usar este contexto para tentar virá-lo contra a Ucrânia”.
As declarações de Macron explicam o facto de o Governo francês ter elevado o nível de segurança para o mais alto, colocando mais soldados em prontidão em diversas cidades, como informou o primeiro-ministro, Gabriel Attal.
O Comité de Investigação da Rússia pediu, esta segunda-feira, a prisão preventiva de mais três pessoas suspeitas de envolvimento no atentado terrorista. Os novos arguidos são um pai e os dois filhos, segundo a Imprensa russa, que divulgou a identidades dos suspeitos citando um porta-voz do tribunal de Barmanni, em Moscovo.
O mesmo tribunal decretou, no domingo, a prisão preventiva durante dois meses de quatro cidadãos tajiques. Os quatro suspeitos do ataque foram acusados de terrorismo e poderão ser condenados a prisão perpétua.