
Guarda Costeira dos EUA intercetou o Centuries
Foto: AFP
Visando estrangular o principal recurso económico de Caracas, militares norte-americanos intercetaram, no sábado, um petroleiro que zarpara da Venezuela. Este domingo, os EUA estavam a perseguir outro navio, numa operação que, se tiver êxito, será a terceira em menos de uma semana.
Após meses de exercícios militares e ataques a barcos de alegados narcotraficantes provocarem mais de uma centena de mortes, Donald Trump ordenou, na terça-feira, um bloqueio a todos os petroleiros sancionados por Washington. Uma embarcação que tinha como destino Cuba foi capturada na quarta-feira - e a carga de 1,8 milhões de barris de petróleo foi apreendida.
No sábado, o Centuries, que operava com o falso nome "Crag", mas não aparecia na lista de sancionados, segundo a agência France-Presse, foi capturado com helicópteros. Documentos da petrolífera estatal venezuelana, citados pela Reuters, revelam que o petroleiro de bandeira panamiana, mas de propriedade chinesa, transportava para a China 1,8 milhões de barris.
Caracas qualificou este caso como um "ato grave de pirataria internacional". A Venezuela "denuncia e repudia o roubo e o sequestro de uma nova embarcação privada que transportava petróleo, bem como o desaparecimento forçado da sua tripulação, crimes cometidos por militares dos EUA em águas internacionais", disse o Governo.
A Reuters avançou que um petroleiro sancionado não identificado e cuja localização era incerta estava a ser perseguido, até ao fecho desta edição. Segundo fontes dos EUA, que falaram sob anonimato, a embarcação estava "a operar uma bandeira falsa e sob ordem judicial de apreensão".
