25 mães de diferentes nacionalidades estão a combater o Estado Islâmico na internet.
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25 mulheres decidiram lutar contra o recrutamento feito pela organização terrorista através de uma intensa campanha online. O Twitter é uma das redes sociais mais utilizadas para tentar impedir que o Daesh consiga convencer mais jovens a partir para a Síria ou a aliarem-se à causa islâmica defendida pelo grupo.
A organização " Mães pela Vida" junta mulheres de países como o Chipre, Itália, Dinamarca, Inglaterra, Estados Unidos da América ou Canadá, que decidiram combater o Estado Islâmico (EI) através das redes sociais, e tentar convencer os seus filhos a regressar a casa.
Em entrevista ao jornal espanhol "El Mundo" estas mulheres explicam que têm filhos a combater nas fileiras do EI na Síria e no Iraque, e que através da sua campanha online é possível fazê-los regressar a casa com vida.
Uma das mulheres entrevistadas conta ao diário que "Deves saber se o teu filho morreu, mais tarde, ou mais cedo, e planear o que queres fazer. Eles têm que saber que não estão sozinhos". Outra mãe, dinamarquesa, conseguiu confirmar a morte do filho através da rede social Facebook. Contou ao "El Mundo" : "Houve muitos rumores de que ele tentou escapar, mas eu não acredito nisso, porque teve uma maldita e poderosa lavagem cerebral. Se o meu filho foi assassinado, espero que tenha sido rápido para que não se tivesse questionado sobre nada, nem porque estava lá, nem se a sua decisão foi acertada. Seria doloroso para mim saber que estes foram os seus últimos pensamentos".
Atualmente apenas a Alemanha criou um programa formal de "desradicalização" e não se sabe quantos jovens que se aliaram ao EI conseguiriam lograr o regresso à Europa.
A organização " Mães pela Vida" ("Mothers for Life") vai arrancar em junho uma campanha em toda a Europa para apoiar outras mães de jiadistas. Uma das fundadoras resume: "Nunca vamos ter medo deles. Eles levaram-me a minha vida. O meu filho. Já nada me assusta. Pelo contrário, eles é que têm de ter medo de mim".