O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse hoje, domingo, que os computadores portáteis Magalhães que o seu governo comprou a Portugal vão ser distribuídos nas escolas venezuelanas a partir de 16 de Setembro, passando a chamar-se Canaima.
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"A 16 de Setembro começa o projecto Canaima. O projecto Canaima são os computadores infantis", começou por dizer Hugo Chávez que não mencionou o nome dos portáteis em Portugal.
O presidente da Venezuela falava durante o acto de promulgação da nova Lei Orgânica de Educação, transmitido em directo e de maneira obrigatória pelas rádios e televisões do país.
"Vamos começar pelo primeiro grau (ano de escolaridade). São computadores feitos especialmente para aguentar um menino do primeiro grau, que os mordam, que os golpeiem, que os lancem ao chão", frisou.
Hugo Chávez explicou que "é um computador que de momento estamos a trazer de Portugal, graças a um convénio que assinámos com o amigo primeiro-ministro (José) Sócrates, mas há que dizê-lo, o software é 100 por cento venezuelano. Felicito (Hector) Navarro (ministro venezuelano da Educação) e toda a equipa do projecto Canaima".
Em Março de 2009 o jornal venezuelano Últimas Notícias revelou que os portáteis Magalhães que a Venezuela comprou a Portugal passariam a chamar-se Canaima no mercado local.
O Canaima é um sistema operacional venezuelano adaptado pelo Centro Nacional de Tecnologias de Informação para atender às necessidades de utilizadores finais da administração pública.
O nome evoca o parque nacional Canaima, situado no Estado Bolívar (a sudeste de Caracas), que em 1994 foi declarado Património da Humanidade pela UNESCO.
Hugo Chávez anunciou em 13 de Setembro de 2008 que a Venezuela tencionava comprar um milhão de computadores escolares Magalhães a Portugal, para distribuir nas escolas venezuelanas.
O presidente venezuelano anunciou também que posteriormente deverá ser criada uma fábrica para produzir os computadores localmente.