Uma das principais revistas evangélicas norte-americanas, a "Christianity Today", defende em editorial a destituição do presidente dos EUA, aprovada na Câmara dos Representantes. Porque está "moralmente perdido". Enfurecido, Donald Trump acusou a publicação de ser de extrema-esquerda.
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A "Christianity Today" não costuma abordar política, mas "os factos neste caso são inequívocos": "O presidente dos EUA tentou usar o seu poder político para forçar um líder estrangeiro (o homólogo da Ucrânia) a perseguir e desacreditar" um dos seus adversários políticos, Joe Biden, ex-vice-presidente de Barack Obama. "Não é apenas uma violação da Constituição. O que é mais grave aqui, é ser profundamente imoral".
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Até conselheira tem
O editorial é tanto mais inusitado que Donald Trump goza de sólida popularidade entre os cristãos evangélicos caucasianos (70%). E até contratou uma conselheira para a iniciativa Fé e Oportunidade, a pastora evangélica Paula White, para se aproximar dessa comunidade religiosa.
"Nenhum presidente fez mais pela comunidade evangélica e nenhum sequer chegou perto", reagiu Trump no Twitter, prometendo nunca mais ler a "Christianity Today".
Esta recorda que Trump "reconheceu ações imorais nos negócios e no seu relacionamento com as mulheres, das quais se orgulha". E, "com a sua série habitual de desinformação, mentiras e calúnias, é um exemplo quase perfeito de um ser humano moralmente perdido e confuso".