Dirigentes da região da Ásia-Pacífico afirmaram, este sábado, no comunicado final que saiu da cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC) que "a maioria dos membros" condena a guerra na Ucrânia.
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"A maioria dos membros condenou veementemente a guerra na Ucrânia e salientou que esta causou imenso sofrimento humano e exacerbou as fragilidades existentes na economia global", declararam os líderes da APEC.
A cimeira de líderes da APEC, criada em 1989, decorreu em Banguecoque, depois de quatro anos sem ser presencial, e teve, entre os temas mais proeminentes, a guerra na Ucrânia, a inflação, a crise alimentar e energética e as alterações climáticas.
Na declaração final, os líderes reunidos em Banguecoque fizeram eco da linguagem utilizada na declaração final da cimeira do G20, há poucos dias. Nesse documento, a maioria das 20 economias mais desenvolvidas do mundo "condenou veementemente a guerra na Ucrânia" e salientou as devastadoras consequências humanas e económicas globais do conflito, segundo a declaração conjunta divulgada no final da cimeira de Bali, que se realizou na ilha indonésia entre terça e quarta-feira.
Durante a cimeira houve "outras posições" sobre a situação na Ucrânia, admitiram as 20 maiores economias do mundo na declaração, de acordo com a agência espanhola EFE. O G20 considerou igualmente que a "utilização ou ameaça de utilização de armas nucleares é inaceitável", segundo a agência francesa AFP.
"A resolução pacífica dos conflitos e os esforços para enfrentar as crises, juntamente com a diplomacia e o diálogo, são vitais", lê-se na declaração.
No comunicado conjunto, o G20 disse ser necessário "defender o direito internacional" e "salvaguardar a paz e a estabilidade", incluindo os princípios humanitários e a proteção de civis e infraestruturas em conflitos armados.
A Rússia, que é um dos membros do G20, juntamente com Estados Unidos, China e União Europeia, tem sido acusada pela Ucrânia de atacar civis e infraestruturas vitais de energia.
O texto, segundo a EFE, foi aprovado após árduas negociações, principalmente devido à relutância da Rússia.
Já na cimeira da Ásia Oriental, realizada no Camboja, no domingo, a Rússia impediu a aprovação de uma declaração final por discordar dos termos em que era referida a guerra na Ucrânia.