Mais de 11 mil militares recuperam controlo de prisão venezuelana gerida por gangue
Mais de 11 mil militares e polícias da Venezuela tomaram, na madrugada desta quarta-feira, a prisão de Tocorón, centro de operações do grupo Tren de Aragua, que opera em diversos países da América Latina.
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Com esta operação, o centro penitenciário Tocorón (Aragua, norte do país) "passará por um processo de reestruturação e será desocupado por completo", assinalou Caracas em comunicado.
"Está totalmente tomada esta prisão e a infraestrutura foi totalmente libertada", disse o general Remigio Ceballos, ministro de Interior e Justiça, em declarações transmitidas pela televisão estatal VTV.
Durante a ação, as autoridades informaram que um centro de "conspiração e crime" da rede criminosa internacional Trem de Aragua foi desmantelado.
A cadeia, onde foram construídos um campo de beisebol, um zoológico, uma piscina e até uma discoteca de luxo, além de uma espécie de cidadela, era controlada com total impunidade por esta organização criminosa.
Vídeos que circularam nas redes sociais mostram a presença de mulheres e crianças no interior da prisão.
O governo também anunciou a execução de uma "segunda fase" da operação para "busca e captura" de "delinquentes fugitivos", sem detalhar o número de presos que escaparam durante a operação das forças de segurança.
Num ato oficial, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, comemorou "o grande sucesso na luta contra os gangues criminosos".