As autoridades indonésias elevaram para 1234 o número de vítimas mortais dos sismos e posterior tsunami que atingiram a Indonésia, na passada sexta-feira. E a terra continua a tremer.
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O balanço de vítimas mortais subiu dos 844 mortos apontados na segunda-feira para os 1200 anunciados esta terça-feira pelos serviços de emergência da Indonésia. E, esta terça-feira, registaram-se mais dois sismos de magnitude 5,9 e 6 graus no sul do país.
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O balanço é trágico mas ainda provisório, uma vez que, algumas áreas fora de Palu ainda não foram alcançadas.
Numa conferência de imprensa em Jacarta, o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB), Sutopo Purwo Nugroho, disse que há 799 pessoas gravemente feridas, acrescentando que nas comunidades de Sigi e Balaroa ainda não foram contabilizadas as vítimas, pelo que o número poderá ser mais elevado.
Resgate aéreo
Um dos primeiros voos de evacuação de uma zona devastada pelo terremoto na região central da Indonésia desembarcou em Java Oriental. O avião de transporte militar C130, que chegou a um aeroporto militar, transportou dezenas de pessoas, incluindo vítimas feridas que precisavam de mais cuidados e tratamento. Partiu da cidade de Palu, onde centenas de pessoas ainda estão à espera para serem retiradas.
Andi Wijaya, o comandante da base do aeroporto em Java Oriental, diz que sete aeronaves estavam prontas para participar nas operações de evacuação, mas as tripulações têm de ser convocadas para se preparar para os voos.
A situação está cada vez mais desesperante nas áreas severamente danificadas da ilha central de Sulawesi, onde as pessoas estão a ficar sem comida, combustível e outros bens essenciais.
O principal problema é andar na lama mais de uma hora e meia a carregar os corpos
Pelo menos 34 estudantes de teologia morreram dentro de uma igreja na ilha de Celebes, que sucumbiu devido aos sismos com magnitudes de 6,1 e 7,7 seguidos de tsunami que abalaram a Indonésia na sexta-feira.
De acordo com a porta-voz da Cruz Vermelha local, Aulia Arriani, 52 estudantes de teologia continuam desaparecidos. No total, 86 estudantes participavam num retiro religioso no distrito de Sigi Biromaru, no norte da ilha.
O difícil acesso ao local tem sido o principal problema das equipas de resgate. "O principal problema é andar na lama mais de uma hora e meia a carregar os corpos", explicou a porta-voz da Cruz Vermelha.
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A Indonésia assenta sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica onde, em cada ano, se registam cerca de sete mil terramotos, a maioria moderados.
Entre 29 de junho e 19 de agosto, pelo menos 557 pessoas morreram e quase 400.000 ficaram deslocadas devido a quatro terramotos de magnitudes compreendidas entre 6,3 e 6,9, que sacudiram a ilha indonésia de Lombok.